PAN

Pessoas - Animais - Natureza

Líder: Inês de Sousa Real

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Inês Sousa Real
  • Verdades: 62
  • Mentiras: 0
  • Incertas: 17

PS

Partido Socialista

Líder: Pedro Nuno Santos

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Pedro Nuno Santos
  • Verdades: 68
  • Mentiras: 1
  • Incertas: 9

Afirmações do debate

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157 Afirmações encontradas
(00:46 - 00:51) PAN "O PAN, uh, aprovou a descida este ano do IRC dos 21 para os 20%"
(00:52 - 00:56) PAN "e à semelhança da AD defende nos próximos anos uma redução [do IRC] para os 17%."
(00:57 - 00:59) PAN "O Partido Socialista é contra esta descida."
(02:01 - 02:05) PAN "somos o partido da oposição que mais medidas tem feito aprovar na Assembleia da República,"
(02:05 - 02:12) PAN "não nos podemos esquecer que temos feito a diferença e esperamos ainda esta noite falar da crise da habitação, do ambiente, da proteção animal,"
(02:15 - 02:18) PAN "nós não podemos diabolizar as empresas."
(02:18 - 02:23) PAN "Nós temos um tecido empresarial português que é composto sobretudo por pequenas e médias empresas"
(02:23 - 02:33) PAN "e que a descida do IRC tem características diferentes do IRS que tem escalões e uma progressividade que não se aplica na mesma circunstância ao IRC."
(01:59 - 02:03) PAN "Tendo em conta, como referi, que não existe uma progressividade como existe no IRS,"
(02:05 - 02:10) PAN "com exceção daquilo que é aplicado a quem tem lucros apenas até 50.000 € no primeiro ano,"
(02:10 - 02:18) PAN "não nos podemos esquecer que tendo em conta esta diferença, se não aplicarmos e beneficiarmos todas as empresas, não estaríamos a beneficiar nenhuma."
(02:22 - 02:29) PAN "O que estamos a garantir é que não estamos a fomentar aquilo que é uma carga fiscal excessiva para as empresas."
(02:29 - 02:31) PAN "E esta medida não pode ser vista isoladamente."
(02:37 - 02:41) PAN "nós temos medidas que visam taxar os lucros excessivos de empresas como a Galp,"
(02:41 - 02:49) PAN "também [taxar] quem mais polui, eh, do ponto de vista, acabando com as borlas fiscais que são dadas através da isenção sobre os produtos petrolíferos,"
(02:49 - 02:54) PAN "portanto não é sério olharmos para esta medida de forma isolada, porque entendemos que quem deve pagar a carga fiscal"
(02:55 - 03:00) PAN "e temos criticado isto, e recordo-me de ter este debate não só com com os Montenegro, mas com o anterior governo,"
(03:00 - 03:06) PAN "de dizer precisamente que nós temos que escolher a quem queremos dar a mão. Se aos portugueses ou se quer quem mais lucra e polui."
(03:06 - 03:11) PAN "temos que, de facto, ter medidas fiscais que entre si estejam conjugadas, como são estas várias medidas que referi,"
(03:12 - 03:28) PAN "para podermos ajudar as famílias por um lado e por outro também as empresas, beneficiando boas práticas como a dedução, por exemplo, quando têm medidas para os trabalhadores que permitam, por exemplo, comprar os passes sociais, ou até mesmo as creches para apoiar as famílias, medidas de sustentabilidade ambiental."
(04:02 - 04:09) PS "Nós achamos que a redução do IRC de forma transversal e sem critério é errada."
(04:10 - 04:14) PS "É errada para já, em primeiro lugar, porque tem um custo orçamental muito elevado."
(04:14 - 04:21) PS "Estamos a falar de quatro pontos percentuais, estamos a falar de 1260 milhões de euros."
(04:21 - 04:28) PS "E nós achamos que as reduções do IRC devem ser seletivas em função do destino que é dado aos lucros."
(04:28 - 04:31) PS "Esta é a posição do Partido Socialista desde há muito,"
(04:32 - 04:51) PS "as empresas que investirem, que reinvestirem os seus lucros na inovação, no aumento da capacidade produtiva, na melhoria dos salários, na investigação, devem conseguir abater matéria tributável mais do que as empresas que o destino que dão aos seus lucros é distribuí-lo aos seus acionistas."
(04:51 - 04:54) PS "O IRC não é o problema para a economia portuguesa."
(04:54 - 05:01) PS "Em 2023 e 2024, as nossas empresas bateram os recordes, os seus recordes de lucro."
(05:01 - 05:03) PS "E o IRC não foi um problema."
(05:11 - 05:20) PS "ganharam a Volkswagen em Portugal o modelo elétrico que vai ser agora aqui produzido. E na Eslováquia pratica-se um IRC mais baixo."
(05:22 - 05:29) PS "0,3% das empresas são responsáveis por 40% da receita do IRC."
(05:29 - 05:39) PS "E nestas [0.3% das empresas] estão sobretudo o setor bancário, seguradora, grande distribuição, que na realidade têm pouco efeito de arrastamento da economia."
(05:51 - 06:03) PS "em 2024 e 2023 nós tivemos lucros recordes na banca, nas seguradoras, (...) e isso não teve nem repercussão num aumento salarial significativo, nem na redução dos preços praticados aos consumidores, nem no que se paga aos produtores, por exemplo, pela grande distribuição."
(06:04 - 06:11) PS "nós devemos premiar, do ponto de vista fiscal, quem dá um destino útil aos lucros. Quando eu digo útil, útil a toda a economia."
(06:12 - 06:16) PS "E não [premiar] de forma transversal e sem critério, considero que essa é uma política errada."
(06:16 - 06:22) PS "Do ponto de vista fiscal, a opção do Partido Socialista foi desagravavar os impostos que toda a gente paga, independentemente dos seus rendimentos,"
(06:22 - 06:25) PS "e que tem, aliás, sobretudo mais peso sobre quem ganha menos."
(06:25 - 06:34) PS "Desde logo, o IVA zero para os bens essenciais para reduzirmos o custo de vida das nossas famílias."
(07:14 - 07:26) PAN "Eu de repente achei que estava a debater com o Bloco de Esquerda e não com o Partido Socialista, porque vimos aqui Pedro Nuno Santos quase que a diabolizar as empresas e a encostar-se mais uma vez mais à extrema esquerda do que propriamente ao centro-esquerda."
(07:26 - 07:34) PAN "Porque nós não nos podemos esquecer, e eu deixei claro, que o PAN tem critérios naquilo que é também a articulação das medidas, quer para a descida do IRC,"
(07:34 - 07:41) PAN "nomeadamente com o fim das isenções sobre os produtos petrolíferos, mas também com critérios ambientais e sociais."
(07:41 - 07:49) PAN "eu recordo que o PS não esteve ao lado do PAN quando, por exemplo, quisemos taxar os lucros excessivos, quando quisemos acabar com o fim das isenções sobre os produtos petrolíferos,"
(07:49 - 07:51) PAN "que só isso [isenções sobre produtos petrolíferos] são mais de 300 milhões de euros,"
(07:55 - 08:01) PAN "o imposto que podíamos estar a receber dos não residentes em Portugal, que são mais de 1000 milhões de euros."
(08:01 - 08:05) PAN "Ora, temos aí aquilo que poderíamos neste momento estar a ajudar as famílias e também a habitação."
(08:09 - 08:14) PAN "como o aeroporto de Alcochete, que vai custar mais de 10.000 milhões de euros aos cofres do Estado."
(08:19 - 08:24) PAN "O PAN propôs essa medida [IVA Zero] e em novembro o Partido Socialista tinha a oportunidade de nos acompanhar e rejeitou essa proposta"
(08:31 - 08:36) PAN "assim como muitas outras, como a licença parental que também ficaram pelo caminho para ajudarmos efetivamente as famílias,"
(08:36 - 08:43) PAN "também aquilo que possa ser o apoio aos doentes oncológicos que temos proposto na Assembleia da República e que sistematicamente o PS propõe [rejeita]."
(08:44 - 08:57) PAN "É por isso que os portugueses estão cansados de partidos, neste caso, os grandes partidos como o PS e o PSD, que tudo prometem em tempo eleitoral, mas depois quando estão ou no parlamento ou no governo, não votam alinhados com aquilo que têm prometido."
(08:57 - 09:14) PAN "Quanto ao IVA zero, nós temos a consciência para o cabaz alimentar, temos consciência que tem que ser uma medida extraordinária, que ajude efetivamente as famílias e daí termos proposto precisamente, no contexto em que Portugal, por força da guerra, mas também por força da instabilidade política que temos vivido e do aumento do custo de vida, que nos parece absolutamente essencial."
(09:37 - 09:46) PS "eu registo a tentativa da deputada Inês Sousa Real de de nos colocar um rótulo de radicalismo na posição do IRC."
(09:46 - 10:05) PS "Esta é a posição que o Partido Socialista tem já há muitos anos, nomeadamente durante os governos liderados por António Costa, a nossa posição sobre o IRC foi sempre privilegiar as empresas que dão um destino coletivamente ou economicamente útil aos seus lucros."
(10:05 - 10:08) PS "E, portanto, não há aqui nenhuma radicalização."
(10:08 - 10:16) PS "Eu, aliás, acho que é radical querer perder-se 1.260 milhões de euros em dinheiro público que pode ser usado para apoiar as empresas"
(10:18 - 10:25) PS "e não dar uma borla fiscal a empresas que, na realidade, não precisam delas. Isso é que me parece errado, parece mesmo até radical."
(10:38 - 10:46) PS "O Partido Socialista viabilizou a redução de um ponto percentual do IRC contra aquela que era a sua própria ideia do ponto de vista do seu programa."
(10:47 - 10:54) PS "Porque o Partido Socialista tem sentido de Estado e de responsabilidade. E nós sabíamos que o país não podia ir para eleições."
(10:54 - 11:07) PS "Fizemos a nossa negociação até ao limite com o governo da AD, mas obviamente que nós não podíamos falhar ao país, nem atirar o país para eleições antecipadas naquela altura, e por isso é que chegamos a acordo."
(11:10 - 11:12) PS "Nós somos contra essa redução [IRC] porque achamos que ela é errada."
(11:13 - 11:17) PS "Não é a forma correta de reduzir os impostos sobre as empresas."
(11:56 - 12:02) PS "Grande parte do povo português não sabe, ou pelo menos não tem acesso a transportes públicos ou coletivos."
(12:03 - 12:10) PS "E nós devemos, e essa deve ser uma aposta, uma aposta muito importante, em continuarmos a investir no transporte público, no transporte coletivo,"
(12:11 - 12:17) PS "conseguir levá-lo a uma grande parte do território que não sabe o que é um transporte público ou coletivo."
(12:18 - 12:26) PS "Mas até chegarmos lá, nós não podemos sobrecarregar as famílias que dependem exclusivamente do automóvel para irem trabalhar."
(12:34 - 13:24) PS "Nós devemos ao máximo evitar retirar medidas que sobrecarregam as nossas famílias, nomeadamente aquelas que dependem do automóvel para trabalhar."
(13:24 - 13:33) PS "É fundamental que nós consigamos conciliar quem está preocupado com o fim do mundo com quem está preocupado em chegar ao fim do mês."
(13:34 - 13:37) PS "E é este equilíbrio que nós defendemos, que o Partido Socialista defende,"
(13:38 - 13:42) PS "E aliás, é por isso que nós também defendemos a redução do IUC."
(13:43 - 13:48) PS "Porque nós devemos desagravavar o custo de vida das nossas famílias sem criar novos problemas."
(15:13 - 15:15) PAN "de facto, o país ainda não foi capaz de inverter a dependência do automóvel."
(15:16 - 15:21) PAN "acabar com apoios e isenções nos combustíveis é, de facto, agravar o orçamento das famílias."
(15:36 - 15:44) PAN "a nossa proposta é muito clara e mais uma vez aqui eu volto a dizer, tanto o governo anterior como o atual continuam a dar a mão a quem mais polui ao invés de darem às famílias."
(15:44 - 15:50) PAN "Porque beneficiar a Galp e outro tipo de petrolíferas com isenções e bordas fiscais de mais de 300 milhões de euros,"
(15:51 - 15:54) PAN "quando, por exemplo, temos os passes gratuitos - e o PAN fez as contas."
(15:54 - 16:44) PAN "Se neste momento olhássemos aos utentes dos transportes públicos, ao número de utentes, ainda que flutuante, estaríamos a falar de uma despesa de cerca de 221 milhões de euros."
(16:44 - 16:50) PAN "Ora, isto é dinheiro que poderíamos ir precisamente buscar ao fim da ISP [isenção sobre produtos petrolíferos], ainda que de forma progressiva."
(16:51 - 17:03) PAN "Nós não que pretendemos aumentar a carga fiscal das famílias, só que é falacioso, isto é estarmos a iludir as famílias e insistir que acabar com o fim da ISP, que era uma medida transitória, é uma medida que as vai penalizar,"
(17:03 - 17:13) PAN "quando estiveram não só asfixiados ao longo de todos estes anos com umas políticas que mesmo dando todas estas bordas fiscais a estas empresas, não se traduziam no seu bolso."
(17:13 - 17:24) PAN "E mais, eu recordo que ao longo destas últimas legislaturas, para além de termos conseguido através da taxa de carbono financiar os passes sociais - foi pela mão do PAN que se financiou os passes sociais com a taxa de carbono sobre a aviação -"
(17:25 - 17:31) PAN "também conseguimos incluir as bicicletas nas modalidades dos passes sociais, garantir que existe aqui uma intermodalidade,"
(17:31 - 17:37) PAN "porque nós não podemos continuar a olhar para as cidades ou até mesmo para o interior do país e fazer um desinvestimento."
(17:47 - 17:49) PAN "Estas ajudas [nos combustíveis] estão a ser dadas às empresas que mais poluem e lucram."
(17:49 - 17:51) PAN "A Galp não precisa de bordas fiscais, os portugueses sim."
(17:53 - 17:59) PAN "neste momento nós precisamos de garantir que temos uma capacidade de financiar eficazmente os transportes públicos,"
(17:59 - 18:02) PAN "criar mais faixas bus onde elas não existem, reforçar as carreiras."
(18:03 - 18:13) PAN "Pedro Nuno Santos, que teve uma tutela tão importante como as infraestruturas, deveria de ser o primeiro a reconhecer que temos falhado neste compromisso que os governos sucessivos têm que ter de reforçar os transportes públicos"
(18:13 - 18:25) PAN "para que as pessoas tenham mais tempo para a família e para que seja, de facto, menos doloroso financeiramente, quer o custo que têm com o próprio automóvel e com o tempo que perdem entre deslocações e com o facto de não terem transportes públicos acessíveis."
(18:26 - 18:34) PAN "Porque as mães que tantas vezes têm que se levantar de manhã para ir fazer turnos às 5 da manhã nas limpezas, não têm automóvel para pagar, mas precisam de ter um passe gratuito"
(18:35 - 18:42) PAN "e precisam de garantir que quando têm que sair do trabalho para ir buscar o filho à creche, que têm efetivamente um transporte público eficaz que lhe permita fazer essa deslocação."
(18:48 - 18:49) PS "esse caminho [regulação de preços combustíveis] tem sido feito,"
(19:00 - 19:08) PS "efetivamente nós temos que continuar a investir na sua expansão [transporte público]. Mas Inês Sousa Real não pode negar que nós estivemos a fazer isso enquanto o Partido Socialista governou."
(19:11 - 19:17) PS "antes dos últimos governos do Partido Socialista, o passe era muito mais caro do que aquilo que é hoje."
(19:17 - 20:08) PS "Hoje as famílias nas grandes áreas metropolitanas, mas não só, têm o passe único que significou uma quebra enorme, muito grande, dos gastos que tinham com os transportes, com os transportes públicos."
(20:09 - 20:15) PS "Eu acho que há caminho, e aí eu estou com o PAN, há caminho para fazer nesse sentido, continuarmos a desagravavar."
(20:16 - 20:28) PS "Agora, a Inês Sousa Real fala no passe gratuito como uma solução. Ora, eu sou de São João da Madeira. As pessoas de São João da Madeira, de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira não têm transporte público para ter passe gratuito."
(20:29 - 20:35) PS "As pessoas aqui do Vale do Sousa, para ir trabalhar, não têm transporte coletivo. Têm de ir com o seu automóvel."
(20:36 - 20:47) PS "E por isso, nós não podemos ignorar, e a Inês compreende bem isto, eu sei, aliás, partilha essa ideia connosco, que é a transição climática e energética não pode ser feita contra as pessoas, contra as famílias."
(20:48 - 20:54) PS "E é por isso que nós temos de continuar a investir na expansão do transporte público, nomeadamente o ferroviário,"
(20:55 - 21:42) PS "mas nós não podemos ignorar que o automóvel é ainda para muitas famílias o único meio de transporte para se chegar ao trabalho."
(21:55 - 22:00) PS "nós temos sempre que rever a regulação dos preços e acho que devemos continuar a fazer."
(22:00 - 22:10) PS "Por exemplo, no caso do gás de botija, o país, os portugueses pagam o dobro do preço que se paga em Espanha. Pagam 36 € em Portugal."
(22:10 - 22:21) PS "E nós achamos, aliás, como já tinha acontecido na pandemia e na crise inflacionista, nós precisamos de regular o preço do gás de botija para garantir que nós não temos um preço que é exorbitante"
(22:21 - 22:24) PS "e que é pago por quase 2 milhões de famílias em Portugal."
(22:27 - 22:34) PS "Nós não temos nenhuma proposta nesse sentido [regulação preço combustíveis], mas obviamente temos de continuar, temos de acompanhar os preços que são praticados, como é evidente."
(22:36 - 22:42) PAN "Claro que sim [regular preços]. E aliás, eu recordo precisamente que quando da invasão da Rússia à Ucrânia e da dependência do gás russo, falou-se precisamente nisso"
(22:42 - 22:43) PAN "e na altura o PS não nos acompanhou."
(22:43 - 22:52) PAN "Daí que reitero, de facto, PS e PSD prometem muito quando estamos em tempo de campanha eleitoral, mas depois a execução nem sempre fica àquilo que é a expectativa,"
(22:54 - 23:02) PAN "Mas por isso mesmo, para nós é preciso não só garantir esses tetos máximos, como, insisto, garantir que temos uma rede e uma expansão dos transportes públicos mais eficiente."
(23:02 - 23:09) PAN "Não queremos efetivamente penalizar as famílias, inclusive através da carga fiscal que existe, mesmo naquilo que diz respeito a outro tipo de impostos,"
(23:09 - 23:16) PAN "mas enquanto não conseguirmos ter uma rede eficiente de transportes públicos, vamos estar a falhar com aquela que é a meta da descarbonização, por um lado,"
(23:17 - 23:25) PAN "mas por outro também vamos estar a falhar com os compromissos de, do ponto de vista da coesão territorial, podermos aproximar as populações em todo o território."
(23:25 - 23:39) PAN "E como é óbvio, estamos a desperdiçar também fundos europeus, porque nós temos, estamos já a perto de um ano de concluir até algumas metas com que o Estado português se comprometeu, e a execução em matéria climática e na transição energética tem sido muito baixa e muito aquém daquilo que Portugal poderia efetivamente"
(23:46 - 23:49) PAN "Só aí estamos a falar de 429 milhões de euros que não foram utilizados."
(23:49 - 23:57) PAN "E isto é muito dinheiro que o país não pode desperdiçar e que deveria de estar neste momento a ser utilizado para ajudar precisamente as indústrias, as famílias,"
(23:57 - 24:01) PAN "até mesmo na reconversão, e já que Pedro Nuno falou tanto no automóvel, para a aquisição das viaturas elétricas,"
(24:01 - 24:05) PAN "que foi um programa que ficou agora pelo caminho, até pela mão do governo da AD,"
(24:05 - 24:10) PAN "e que para o PAN seria absolutamente essencial continuarmos a apoiar aquilo que é a aquisição com as viaturas elétricas,"
(24:11 - 24:19) PAN "precisamente porque aqui temos uma menor pegada carbónica e até outras medidas fiscais que incentivam precisamente na aquisição destes veículos e que são muito menos poluentes."
(25:00 - 25:02) PS "Nós não somos fãs da alteração [Lei dos Solos] que foi feita."
(25:03 - 25:19) PS "Aquilo que aconteceu foi que o Partido Socialista quis minorar os impactos negativos da proposta do governo e por isso fez propostas que tendo sido aceites pelo governo, obviamente que depois nós fomos consequentes e abstivemo-nos na proposta."
(25:19 - 25:37) PS "E nós conseguimos reduzir alguns dos problemas: garantir a contiguidade com a área urbana dessa expansão, garantir que os preços que serão cobrados são preços que não colocam pressão sobre o aumento dos preços, são preços acessíveis."
(25:43 - 25:45) PS "Eu não acho que ela [Lei dos Solos] seja a solução."
(25:46 - 25:52) PS "Aliás, a AD criou problemas no último ano no que diz respeito à habitação."
(25:53 - 26:48) PS "Porque a AD adotou um conjunto de medidas, aliás, esgotou já o seu programa em matéria de habitação, e adotou medidas do lado da procura que não tendo sido acompanhadas de medidas do lado da oferta, acabaram por levar a uma aceleração dos preços do imobiliário."
(26:49 - 26:59) PS "E apesar de alguns jovens terem conseguido comprar casa, foram muito mais os jovens que acabaram por ficar longe desse sonho, desse objetivo que é ter uma casa."
(26:59 - 27:06) PS "E este é mesmo um dos maiores dramas nacionais, que tem um impacto muito negativo sobre o orçamento das famílias."
(27:08 - 27:13) PS "o PS não tem a menor dúvida de que nós temos que aumentar de forma significativa a construção."
(27:44 - 27:48) PS "nós cumprimos quando prometemos um passe único e a sua redução do seu custo."
(27:48 - 28:00) PS "Nós cumprimos quando dissemos que queríamos eletrificar toda a rede ferroviária nacional, que está neste momento, aquilo que ainda não terminou, está em curso para eletrificarmos toda a nossa rede ferroviária."
(28:01 - 28:04) PS "Temos o metro de Lisboa, o metro do Porto em expansão."
(28:04 - 28:13) PS "Isto para dizer que não é como a Inês Sousa Real diz, nós quando dizemos, nós cumprimos mesmo."
(28:14 - 28:28) PS "Sobre a alteração à lei dos solos, [...] nós não temos dúvidas que em Lisboa ou no Porto, a Amadora, não há assim tantos terrenos rústicos que ajudem a resolver o problema da habitação."
(28:39 - 28:42) PS "Ao longo dos anos em Portugal, nós tomamos muitas medidas."
(28:46 - 28:49) PS "Na realidade, o que nós precisamos mesmo é de construir."
(28:51 - 28:56) PS "Do ponto de vista de apoio ao arrendamento, os programas existem, eles devem ser aprofundados e alargados."
(28:56 - 29:03) PS "Mas se nós tivéssemos começado há 20 ou 30 anos o trabalho que nós começamos há cinco, nós hoje estaríamos muito melhor."
(29:14 - 29:22) PS "Nós queremos uma conta corrente no Estado que permita às autarquias ter a dotação orçamental necessária para poderem construir."
(29:22 - 29:32) PS "E construir para venda a preços que as pessoas possam pagar, as famílias da classe média, ou construir para arrendar no regime de renda resolúvel,"
(29:32 - 29:44) PS "que permita que as famílias não tendo de se endividar, possam pagar uma renda durante 20 ou 30 anos e ao fim desse período pagar um valor residual e a casa passar a ser sua propriedade."
(29:44 - 29:48) PS "Este trabalho faz-se com o Estado, mas faz-se obviamente também com o privado."
(29:52 - 30:02) PS "E por isso é que o Partido Socialista defende que o IVA a 6%, que hoje está disponível para habitação a custos controlados, possa integrar habitação para a classe média,"
(30:02 - 30:08) PS "para nós darmos incentivos para que o setor privado construa para a classe média."
(30:08 - 30:15) PS "Todos, públicos, setor cooperativo e setor privado, têm de ser mobilizados para aumentarmos a construção em Portugal."
(30:15 - 30:25) PS "Nós construímos por ano neste momento cerca de 30.000 fogos por ano, nós precisamos de aumentar muito a construção de fogos em Portugal."
(25:59 - 26:45) PAN "nós não alinhamos nessa narrativa de um mal menor, porque, de facto, esta lei dos solos não resolve problema nenhum em relação ao problema da habitação."
(26:45 - 26:58) PAN "Pelo contrário, vem não só destruir e permitir a destruição de espaços verdes, quer em contexto urbano, quer também em terrenos agrícolas, que é um problema que vem a somar-se àquilo que tem sido uma política em completo contraciclo com a preservação ambiental."
(27:11 - 27:16) PAN "No que diz respeito à habitação, e aí sim, é preciso olharmos às propostas que todos os partidos estão aqui a apresentar."
(27:16 - 27:23) PAN "Nós conseguimos ao longo desta legislatura um conjunto de medidas muito importantes, quer como o aumento da isenção do IMI de três para cinco anos,"
(27:24 - 27:30) PAN "mas há medidas que ficaram pelo caminho, como, por exemplo, o crédito bonificado para os mais jovens, em que o PS não nos acompanhou."
(27:30 - 28:23) PAN "Também naquilo que foi a nossa proposta para garantir agora no IRS, e as famílias vão sentir já este alívio quando forem poder apresentar as despesas que têm com o crédito da habitação, de um aumento de mais de 100 € nas suas deduções,"
(28:24 - 28:31) PAN "ou até mesmo para as vítimas de violência doméstica, um verdadeiro flagelo no nosso país, que têm o acesso ao programa Porta 65 para a habitação."
(28:31 - 28:32) PAN "Mas temos que ir mais longe."
(28:32 - 28:47) PAN "Nós sabemos que isto tem sido um falhanço de sucessivos governos. Temos neste momento, estamos a menos de um ano de chegar a 2026. PS e PSD tinham uma meta de mais de 54.000 fogos até ao final de 2026 e só cerca de 10% foi cumprido."
(28:52 - 28:59) PAN "Da parte do PAN, nós queremos medidas, por exemplo, como é o financiamento local através das agências para ajudar os municípios,"
(30:15 - 30:24) PAN "Achamos que a caixa geral de depósitos tivesse créditos mais competitivos para as famílias que não têm face a outros bancos, menos comissões bancárias, algo que também já propusemos."
(30:25 - 30:30) PAN "Como é evidente aqui, não nos opomos à distribuição destes lucros [da CGD] para esse efeito, mas achamos que não é de todo a solução."