BE
Bloco de Esquerda
Líder: Mariana Mortágua
Resumo do debate:
- Porta-voz: Mariana Mortágua
- Verdades: 18
- Mentiras: 10
- Incertas: 9
PS
Partido Socialista
Líder: Pedro Nuno Santos
Resumo do debate:
- Porta-voz: Pedro Nuno Santos
- Verdades: 29
- Mentiras: 3
- Incertas: 4
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(01:14 - 01:26) PS "Não, para um governo do Partido Socialista é impensável que o investimento na defesa ponha em causa o nosso Estado social, o nosso Serviço Nacional de Saúde, a nossa, o nosso sistema público de pensões, a nossa escola pública."
(01:34 - 01:43) PS "E é por isso que nós devemos pugnar no espaço europeu para que haja mutualização da dívida e seja financiada através da, da, da dívida europeia."
(01:57 - 02:11) PS "A União Europeia desde a pandemia que foi percebendo a sua dependência: a dependência face a matérias-primas e produtos manufaturados de outros pontos do globo, a dependência energética e agora a dependência da defesa do quadro da Aliança Atlântica."
(02:23 - 02:32) PS "Isso implica investimento em defesa, que nós podemos e devemos aproveitar também para modernizarmos e industrializarmos a nossa própria economia."
(02:37 - 02:39) PS "Nós ainda estamos longe dos 2%."
(02:51 - 03:07) PS "Um governo liderado por nós não se coloca à margem do esforço europeu para aumentar a despesa em defesa, mas vai fazer tudo para que esse aumento seja progressivo, não ponha em causa o Estado social e possa haver a assunção de responsabilidades a nível europeu."
(03:17 - 03:25) BE "Acho que se há dinheiro e tem de haver, ele tem de ir para os serviços públicos. Falta muito dinheiro na saúde, falta certamente muito dinheiro na habitação."
(03:50 - 04:02) BE "E é precisamente para aqui que a União Europeia se encaminha, com mais 800 milhões de investimento, desviados uma parte deles dos fundos de coesão."
(04:11 - 04:13) BE "A União Europeia tem três vezes o orçamento da Rússia."
(04:16 - 04:20) BE "A França é o segundo maior exportador de armas do mundo."
(04:20 - 04:28) BE "A Alemanha, com um governo socialista, fornece um terço das armas que Israel está a utilizar no genocídio da Palestina."
(04:28 - 04:37) BE "A Europa tem mais soldados no ativo que os Estados Unidos da América e gasta Portugal, em percentagem do PIB, mais do que gasta a Espanha ou a Itália."
(04:37 - 04:47) BE "É mentira que nós precisemos de gastar mais dinheiro em armas. É propaganda. É mentira que a Europa esteja, e que Portugal esteja, no risco iminente de ser invadida."
(04:54 - 05:05) BE "Os 800 milhões que a União Europeia quer gastar e que os partidos acriticamente aceitam em mais armas, eram para combater as alterações climáticas que são a emergência dos nossos tempos."
(05:07 - 05:12) PS "Eu percebo a posição do Bloco de Esquerda, mas o Bloco de Esquerda não corre o risco de assumir responsabilidades governativas."
(05:47 - 06:01) PS "Existiu num determinado momento quando o primeiro-ministro quis antecipar a meta dos 2%, teve uma, um contacto comigo e teve o apoio imediato da parte, da minha parte, para nós podermos assumir o compromisso de antecipar a meta dos 2%."
(06:20 - 06:22) PS "E nós ainda estamos longe dos 2%."
(06:55 - 07:02) BE "Diria que não gastamos mais em armas. Nem nós, nem a União Europeia. A União Europeia tem que parar de exportar armas, em vez de investir mais em armas."
(07:02 - 07:07) BE "Quem acha que construir armas e criar mais armas é um projeto de futuro, é porque quer mandar os filhos para a guerra."
(07:10 - 07:15) BE "A ideia de que a União Europeia não tem meios para se defender e está indefesa é uma ideia falsa, errada."
(07:36 - 07:38) BE "NATO que é dirigida por um rei louco."
(07:39 - 07:59) BE "Os investimentos que são feitos no quadro da NATO são armas a serem geridas por um general de um rei louco, porque as regras da NATO dizem que quem gere e coordena os armamentos europeus é um general norte-americano. Não é um aliado, deixou de ser um aliado."
(08:10 - 08:27) BE "Irresponsabilidade é dizer a alguém que nós temos que gastar mais em armas, que construir mais armas, que criar mais armas e que pomos em causa o dinheiro para combater as alterações climáticas e apresentar-se e apresentar essa como uma posição responsável."
(08:49 - 08:53) PS "A força política é tanto maior quanto for também a força militar."
(09:15 - 09:18) PS "Uma delas [formas de financiar] é a emissão de dívida europeia."
(09:47 - 09:52) PS "Tem uma ideia muito romântica das relações internacionais. Não tem... Não corresponde à realidade do mundo em que vivemos."
(09:55 - 10:14) BE "Mas descredibilizar, descredibilizar sistematicamente os princípios da esquerda, as propostas da esquerda contra investimento em armamento e para investir no Estado social, contra a propaganda e a mentira de mais e mais armamento, não dá um bom contributo, nem é responsável."
(10:23 - 10:30) BE "Porque há uma propaganda e um lobby da indústria do armamento, no qual a União Europeia põe todas as suas esperanças para conseguir recuperar uma economia que foi esmagada pelas políticas da austeridade."
(10:38 - 10:45) BE "Acho que é de notar o facto de tanto a Comissão Europeia como o próprio governo estarem atarantados. Não fazem ideia do que é que hão de fazer."
(11:01 - 11:17) BE "Para já é preciso saber qual é a resposta tarifária a Trump. Não pode ser uma resposta generalizada porque isso aumenta os preços e tende a aumentar a inflação, mas pode ser dirigida a setores que vão ter ao eleitorado de Trump e setores importantes de exportações."
(11:17 - 11:29) BE "Em segundo lugar, é preciso pensar quais são as exportações que podem ser substituídas. Indústria farmacêutica. Nós exportamos, mas também importamos dos Estados Unidos. E pode haver uma substituição de importações."
(11:29 - 11:35) BE "É preciso apoiar a tesouraria das empresas que no curto prazo possam ter um impacto das tarifas norte-americanas."
(11:39 - 11:42) BE "É preciso, obviamente, ter industrialização."
(11:55 - 12:05) BE "Eu tenho muita dificuldade em discutir soberania com quem acha que é inevitável termos todo o nosso sistema elétrico nas mãos de um Estado estrangeiro."
(12:39 - 12:45) PS "O programa que o Partido Socialista apresentou e as medidas que apresentamos têm um valor que é de 1.700 milhões de euros."
(12:52 - 13:20) PS "Uma só medida do governo da AD ou da AD representa entre 1.500 a 2.000 milhões de euros, que é a redução do IRC."
(13:32 - 13:41) PS "Enquanto que a AD quer canalizar essa, este, este valor para algumas empresas, para uma minoria das empresas."
(13:45 - 13:53) PS "O que nós precisamos, no que diz respeito ao atual contexto, é ter uma política de proteção da nossa, da nossa indústria, da nossa economia, que nós não vimos até agora."
(13:53 - 14:04) PS "Aliás, nós vimos o governo do PSOE em Espanha a reagir logo de imediato, e do governo português nós não tivemos uma única palavra, não tivemos um plano, houve reuniões."
(14:15 - 14:29) PS "E nós precisamos de uma estratégia, desde logo, para diversificar, e o quanto antes, para diversificar as nossas exportações e conseguirmos apoiar a nossa indústria a olhar para outros mercados, seja na América do Sul, seja nos países de língua portuguesa, ou na Ásia."
(14:34 - 14:40) PS "As nossas empresas que dependem do mercado norte-americano, que é o quarto mercado para as nossas exportações."
(14:47 - 14:50) BE "Acho que podemos concluir que ambos temos mais a dizer sobre isto que o Luís Montenegro disse até agora."
(15:11 - 15:18) PS "Nós, há cinco anos atrás, lançamos o maior programa de construção pública desde o programa de erradicação de barracas."
(15:18 - 15:30) PS "E algumas das inaugurações que Luís Montenegro e Pinto Luz têm feito são casas que foram lançadas por nós e por um programa que eu lancei, que se chama Primeiro Direito."
(15:53 - 16:04) PS "O que é central numa estratégia da habitação é nós aumentarmos a oferta, e isso passa pelo Estado assumir parte da sua responsabilidade no aumento da construção pública."
(16:18 - 16:27) PS "Nós não conseguimos garantir que num contexto em que os preços do imobiliário são tão altos, que não vá haver retirada de imóveis do mercado de arrendamento para o mercado de venda."
(16:28 - 16:35) PS "Num mercado também de grande informalidade, também não conseguimos facilmente garantir que não vamos ter pagamentos por fora acima do teto."
(16:52 - 17:00) PS "A proposta do Bloco de Esquerda não resolve o problema maior que nós temos, que é falta de casas para arrendar ou vender à classe média."
(17:29 - 17:32) BE "Há fundos imobiliários em Portugal com rentabilidades acima dos 2000%."
(17:57 - 18:08) BE "Os preços das casas agora, que as pessoas estão agora a pagar em Portugal, aumentaram 9% em 2024, ou seja, quatro vezes o que aumentaram na zona euro."
(18:14 - 18:26) BE "O programa Primeiro Direito, que foi aqui mencionado, foi lançado em 2018, foi lançado com 26.000 casas até 2024. Em setembro de 2024, estavam 1.700 casas no mercado."
(18:27 - 18:34) BE "Entretanto, a meta passou para 2026, depois de 2026 passou para 2030. Neste momento já são necessidades de 56.000 casas."
(19:13 - 19:18) BE "O que nós estamos a dizer é que é preciso baixar as rendas. Não é só impedir que elas subam muito, é preciso baixá-las."
(19:35 - 19:43) BE "É a proposta que a Holanda, onde o Partido Socialista Holandês defendeu esta medida, tem e está a resultar."
(19:49 - 20:09) BE "Este modelo que o Bloco de Esquerda propõe, tetos nas rendas com base num sistema de pontos, calculado automaticamente com base nas características da casa, de eficiência energética, da localização, do tamanho, é exatamente o modelo que está em vigor em Amesterdão."
(20:37 - 21:02) PS "O governo adotou um conjunto de medidas que aparentemente são bondosas, mas como não foram [acompanhadas...] a isenção do IMT, do imposto de selo, que nós não queremos reverter, mas que, como não foram acompanhadas de investimento no lado da oferta, colocaram um problema grave sobre de pressão e os preços aceleraram."
(21:10 - 21:18) PS "Nós temos mesmo que aumentar a construção. E é por isso que nós precisamos de um fluxo de financiamento contínuo para financiar a construção de casas."
(21:18 - 21:36) PS "Para que depois as autarquias possam construir casas para venda a preços controlados às pessoas da classe média ou renda em regime de renda resolúvel em que as pessoas vão pagando renda ao longo de uns anos e ao final desse período, podendo pagar um valor residual e adquirem a casa."
(21:37 - 21:56) PS "Para financiarmos - nós não queremos dar-lhe um valor, até porque o custo de construção vai variando - mas aquilo que dizemos é que os dividendos da Caixa Geral de Depósitos que forem sendo distribuídos ao acionista Estado..."
(21:57 - 21:59) PS "2024 estamos a falar de 800 milhões de euros."
(22:10 - 22:14) PS "Portugal hoje constrói muito pouco. Já construiu mais de 100.000 casas."
(22:18 - 22:22) PS "O Bloco de Esquerda não tem verdadeiramente uma solução para aumentar o parque."
(22:22 - 22:30) PS "A única preocupação do Bloco de Esquerda é com os preços, mas na realidade pode trazer efeitos perversos mais graves, como a retirada de algumas casas do mercado de arrendamento."
(23:06 - 23:16) BE "Nós aprovamos uma lei no parlamento para dizer que os estudantes que não conseguiam aceder ao subsídio à renda podiam denunciar o seu senhorio e ter acesso ao subsídio à renda, e o PS votou a favor."
(24:17 - 24:25) PS "A nossa solução é financiar, é apoiar o arrendamento com o apoio extraordinário ao arrendamento que nós criamos e o Porta 65 arrendamento jovem."
(24:30 - 24:44) PS "O IRU demorava dois meses a responder no que diz respeito ao Porta 65. Com este governo passou a demorar sete meses. Hoje, ao dia de hoje, há muitos jovens portugueses que estão finalmente a receber os apoios de setembro, de uma só vez."
(25:02 - 25:10) BE "Pôr os contribuintes a pagar subsídios, todos os contribuintes, inclusive os mais pobres, a pagar subsídios à renda, que são subsídios a preços especulativos, é a resposta do Partido Socialista."
(25:27 - 25:28) BE "Há sempre [disponibilidade para assinar um acordo]."
(25:32 - 25:38) PS "Quem viabilizou, quem viabilizou o governo da AD foi a AD, apesar da Esquerda ter mais votos que a AD."
(25:48 - 25:58) BE "Aquilo que Pedro Nuno Santos está a dizer quando diz que quer ser o mais votado e que espera uma viabilização do PSD, é que tem uma bala de prata. E que a bala de prata de Pedro Nuno Santos é Luís Montenegro."
(25:59 - 26:21) BE "Está à espera de governar com o apoio ou pelo menos a viabilização de Luís Montenegro. Está à espera que a pessoa, Luís Montenegro, que Pedro Nuno Santos diz todos os dias que não é confiável, lhe dê a confiança para governar com base no seu apoio."
(26:25 - 26:36) BE "A estabilidade que o país precisa faz-se dizendo a verdade. E dizer a verdade às pessoas é, só baixamos o preço da habitação com tetos nas rendas, e é o Bloco, e são os deputados do Bloco que conseguem fazer isso na Assembleia da República."
(26:36 - 26:43) BE "E quem diz baixar os preços da habitação, diz taxar as grandes fortunas para ter uma política de redistribuição, diz respeitar quem trabalha por turnos para subir o salário."