BE

Bloco de Esquerda

Líder: Mariana Mortágua

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Mariana Mortágua
  • Verdades: 47
  • Mentiras: 19
  • Incertas: 7

IL

Iniciativa Liberal

Líder: Rui Rocha

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Rui Rocha
  • Verdades: 51
  • Mentiras: 10
  • Incertas: 9

Afirmações do debate

Filtros

143 Afirmações encontradas
(00:54 - 01:03) IL "eu não tenho nenhuma dúvida que Portugal tem que alinhar o seu gasto com exigências maiores que a situação geopolítica internacional nos coloca nesta altura,"
(01:04 - 01:08) IL "e, portanto, teremos que ir, passo a passo, aumentando o investimento em defesa."
(01:09 - 01:16) IL "Creio que esse investimento, e isso também tem sido defendido, é um é um investimento que a prazo trará também vantagem económica a Portugal,"
(01:16 - 01:27) IL "porque são áreas tecnológicas aquelas onde podemos investir, onde a ligação entre esse investimento, a ciência, a economia, a academia, as empresas, pode trazer de facto grande vantagem a Portugal."
(01:28 - 01:36) IL "e, portanto, eu creio que é essa, é esse o caminho que deve ser seguido e que, ah, não há necessidade neste momento de fazer cortes em nenhumas áreas essenciais."
(01:38 - 01:54) IL "Neste caso, eu creio que devemos recorrer, no sentido de fazer esse investimento que nos é pedido, aos fundos comunitários disponíveis para o efeito, eventualmente até reprogramando uma parte do PRR que nesta altura está também muito atrasado, do 2030, recorrendo a outras formas de financiamento,"
(01:54 - 01:59) IL "porque esta é uma daquelas áreas em que estamos a falar da defesa de todos e da defesa da geração presente e das futuras gerações."
(02:02 - 02:13) IL "mas, por exemplo, veja no PRR, nós temos de facto uma execução muito atrasada. Se não conseguirmos executar o PRR, e há uma probabilidade grande disso acontecer, teremos, perderemos esses fundos, da mesma maneira no 2030."
(02:13 - 02:17) IL "e há fundos específicos também, ah, da União Europeia previstos para esta matéria."
(02:17 - 02:35) IL "Portanto, é uma daquelas áreas em que, pensando na defesa de todos, do momento atual e das gerações futuras, eu entendo que, com bom senso, não colocando agora aqui uma um objetivo que seja absolutamente inatingível, esse investimento faz sentido e trará retorno económico ao país em áreas determinantes para termos uma economia também diferente."
(02:35 - 02:42) IL "portanto, esse investimento pode trazer a capacidade de termos uma economia no futuro, ah, de mais valor acrescentado do que aquela que temos hoje."
(02:52 - 02:57) BE "aí são decisões do Estado português, que já tem um orçamento e que pode fazê-lo."
(02:57 - 03:01) BE "Eu não acredito que as Forças Armadas portuguesas não estejam e não sejam qualificadas."
(03:04 - 03:14) BE "o que nós não precisamos é de aumentar a despesa em armamento até ao limite que, ah, neste momento a Comissão Europeia exige, que são os 3% do PIB,"
(03:14 - 03:20) BE "o que significa duplicar a despesa em armamento de 4 para 8 mil milhões de euros."
(03:20 - 03:22) BE "É o orçamento da educação."
(03:40 - 03:46) BE "Mas o que está em cima da mesa não é qualificar as Forças Armadas, o que está em cima da mesa é o Estado fazer contratos para comprar mais armas e produzir mais armas."
(03:47 - 03:56) BE "O que é aliás interessante é que a Iniciativa Liberal veja como perspectiva de modernização da economia portuguesa, o Estado fazer contratos com empresas privadas."
(03:56 - 04:02) BE "A notícia é que essas empresas são alemãs e são francesas e americanas no mínimo. Não são empresas portuguesas."
(04:03 - 04:08) BE "Se nós queremos investir em inovação, vamos investir em inovação. Se queremos investir em qualificações, vamos investir em qualificações."
(04:08 - 04:17) BE "Investir em mais armas quando temos armas suficientes, quando a Europa tem armas suficientes, numa deriva armamentista e militarista, não tem qualquer sentido racional"
(04:18 - 04:33) BE "e também não tem qualquer sentido Portugal aumentar o seu endividamento, emitir mais dívida, seja ela europeia ou não, e tirar fundos que são necessários à saúde, ao ambiente, à educação, aos serviços públicos, ah, até à descida dos impostos ou trabalho."
(04:40 - 04:49) BE "Nós... se falamos... se falamos em tecnologia, vamos investir em tecnologia. Não vamos investir em armas. São coisas diferentes."
(04:49 - 04:56) BE "Nós estamos a falar de despesa em armamento que é decidida pela NATO, ou seja, pelos generais de Donald Trump, e decidida pela Comissão Europeia."
(04:56 - 05:01) BE "Não estamos a falar sobre uma estratégia de modernização nem de industrialização da economia portuguesa."
(05:01 - 05:08) BE "Porque se a IL acha que o Estado tem uma palavra a dizer sobre a estratégia de industrialização da economia portuguesa, então vamos a isso."
(05:08 - 05:14) BE "E vamos falar sobre transição ecológica, vamos falar sobre energia renovável, vamos falar sobre novas tecnologias."
(05:14 - 05:28) BE "ah, não vamos é, de repente, ah, achar que é, que é o, que é a produção de armamento que vai salvar Portugal quando Portugal foi incapaz e não quis fazer os investimentos que tinha a fazer em áreas que são para nós prioritárias."
(05:30 - 05:34) IL "Sim, eu queria acrescentar que creio que esta visão que a Mariana apresenta é uma visão limitada,"
(05:34 - 05:41) IL "no sentido em que nós não estamos a falar neste momento apenas de armamento, estamos a falar de tecnologia em termos gerais."
(05:41 - 05:57) IL "Tecnologia, aliás, que é bastante importante para o país já neste momento, na, na, enfim, ah, nós temos uma orla costeira extensa, temos uma placa continental extensa, onde não temos tido a capacidade de de preservar a a integridade desse desse território que é, que é nosso."
(06:09 - 06:25) IL "Repare, eu não, eu estou apenas a dizer que a questão das armas não esgota aquilo que é o investimento que se pode fazer nesta área, que tem, é muito para lá disso, a indústria dos drones, da cibersegurança, da tecnologia, que pode trazer valor acrescentado para a, para a, para a indústria em geral e para a atividade económica em Portugal."
(06:30 - 06:38) IL "e a Mariana enquadra-se naquelas pessoas que, quando foi da invasão da Rússia à Ucrânia, ah, desvalorizou completamente essa possibilidade."
(06:39 - 06:47) IL "Não, é, é verdade. Eu tenho aqui a evidência. A Mariana Mortágua, três dias antes da da invasão pela Rússia, dizia que a guerra não existe."
(06:47 - 06:55) IL "E, portanto, ah, confiar nestas avaliações, ah, que já falharam também para a Ucrânia, ah, no sentido de dizer que não há problema nenhum na Europa."
(07:05 - 07:21) IL "Nós não temos, ah, como europeus, que manifestar solidariedade e estar disponíveis dentro das nossas possibilidades, e promovendo também a nossa economia, para sermos solidários com o perigo que Putin realmente representa para todos e que a Mariana na altura desvalorizou para a Ucrânia?"
(07:22 - 07:31) BE "Ainda a IL apoiava a venda de vistos Gold na Rússia para que a oligarquia de Putin pudesse levar dinheiro em Portugal e já eu denunciava a oligarquia de Putin."
(07:32 - 07:40) BE "E em momento nenhum, em momento nenhum desvalorizei a invasão de Putin à Ucrânia ou, ah, a necessidade de apoiar a defesa da Ucrânia."
(07:40 - 07:45) BE "O que digo é: número um, a Europa gasta quase três vezes mais que a Rússia em armamento."
(07:45 - 07:51) BE "A Europa tem superioridade em soldados, em aviões, em carros de combate, em fragatas. A Europa é uma potência militar."
(07:51 - 07:56) BE "E quem diz que nós temos que investir mais em armas, em mísseis, em bombas, está a mentir."
(07:56 - 08:05) BE "Na verdade, o que se trata é de uma indústria privada em parte, estatal noutra parte, que está de mão estendida a pedir contratos do Estado."
(08:05 - 08:24) BE "E é surpreendente que a única visão que a Iniciativa Liberal consegue ter para o país para um processo de industrialização e de para fomentar a economia, seja ter a indústria francesa e alemã de armamento com a mão estendida para vir buscar os contratos do Estado português, que não faz ideia como é que vai pagar."
(08:24 - 08:32) BE "Porque já agora, vai ter que pagar também a descida do IRS para os mais ricos, porque como não sabe subir salários, desce o IRS para os mais ricos."
(08:33 - 08:42) BE "Vai ter que pagar a descida do IRC das grandes empresas, porque não sabe promover investimento, quer descer o IRC, e vai ter que pagar a descida dos impostos sobre o património imobiliário milionário, porque não sabe descer os preços das casas."
(08:45 - 09:04) IL "Sobre a questão dos vistos, dos vistos Gold. Curiosamente, ah, quando foi da votação na especialidade, ah, do plano ou do programa Mais Habitação, houve uma proposta, ah, para, sobre vistos Gold. Quem é que votou a favor do fim dos vistos Gold, ah, habitacionais? A Iniciativa Liberal. Quem é que votou contra essa proposta? O Bloco de Esquerda."
(09:04 - 09:08) BE "Não, não, não, não, não, não manipulo o debate porque eu há anos que me bato pelo fim dos vistos Gold."
(09:39 - 09:51) BE "para já, ah, há um, há um argumento e um efeito que acho que ambos podemos concordar: se se vende mais casas, o preço, à partida, há mais casas no mercado e mais casas disponíveis. Só isso tem logo um efeito positivo."
(09:52 - 09:56) BE "Os tetos às rendas estão neste momento a ser prorrogados na Holanda e na Alemanha."
(09:56 - 10:11) BE "Portanto, estão a ser prorrogados em países que não são propriamente, aliás, a Holanda é um exemplo do liberalismo europeu, já que a Iniciativa Liberal agora rejeita o liberalismo dos Estados Unidos da América, esse já não é bom, nem o, nem o da, o da Argentina, esse também já não é bom, agora é o da Holanda."
(10:11 - 10:18) BE "A Holanda está a prorrogar a medida dos tetos às rendas e a alargá-la. Na Alemanha há uma medida de tetos às rendas."
(10:18 - 10:27) BE "Elas estão a funcionar, tanto que estão a funcionar que há governos que não são governos propriamente de partidos muito à esquerda, que estão a querer prolongar esses programas."
(10:28 - 10:32) BE "e, portanto, eles protegem as pessoas porque baixam o preço das casas."
(10:33 - 10:39) BE "Impedir que essas casas saiam do mercado para ir, por exemplo, ao alojamento local, faz-se limitando o alojamento local."
(11:14 - 11:19) BE "Um T1 de 60 m2 em Lisboa de arrendamento custam em média 1300 €."
(11:20 - 11:22) BE "No Porto custam 1050 €."
(11:22 - 11:27) BE "A maior parte das pessoas em Portugal ganha um salário entre 800 e 1000 €."
(11:27 - 11:32) BE "Já não há casas para essas pessoas. Porque as pessoas não as podem pagar."
(11:32 - 11:48) BE "E por isso a ideia de que vão sair casas do mercado é falsa. Para a maior parte das pessoas em Portugal que trabalha e ganha um salário normal de pessoa comum, o mercado de arrendamento não existe, é uma ilusão, porque a renda média está acima do seu salário."
(11:52 - 11:54) BE "O salário está abaixo da renda."
(11:55 - 12:01) BE "Nós temos que conseguir baixar o preço das casas para que as pessoas possam aceder ao mercado de arrendamento."
(12:02 - 12:17) IL "ao contrário do que a Mariana defende, ah, os tetos de rendas têm sempre telhados de vidro."
(12:17 - 12:23) IL "nos sítios onde estas soluções foram tentadas, correram sempre mal e estão a correr mal."
(12:23 - 12:30) IL "Eu trago aqui os exemplos que a, que a Mariana falou. Controlo de rendas agrava crise imobiliária na Holanda."
(12:31 - 12:37) IL "Depois de, de anos, de vários anos, a experiência em Berlim é um falhanço."
(12:37 - 12:47) IL "Mas temos outros casos que a Mariana não falou, a questão, por exemplo, da Irlanda. Controlos de renda trouxeram uma crise mais profunda na Irlanda."
(12:49 - 12:55) IL "Barcelona, de que a Mariana também não falou, e a Catalunha. Colapso do arrendamento na Catalunha."
(12:55 - 13:01) IL "Esfumaram-se 58% da oferta e os preços sobem, sobem 5,5%."
(13:02 - 13:19) IL "A notícia a que a Mariana se refere, é uma notícia que diz que em Barcelona os preços da, das rendas baixaram com o controlo 6,4%, mas não está dito, o resto que está na notícia é que 80% dos contratos desapareceram, desceram a 80% dos contratos."
(13:19 - 13:31) IL "E houve uma transformação do tipo de contrato que passa a ser utilizado para arrendamento de curto prazo, com menos garantias dos arrendatários. Portanto, houve mais 45% de arrendamento de curto prazo."
(13:31 - 13:34) IL "Na Suécia, controle de rendas não funciona."
(13:35 - 13:44) IL "aquilo que nós temos neste caso é uma proposta cuja consequência seria, na melhor das hipóteses, para quem já tem casa arrendada, no curto prazo, uma baixa do custo desse arrendamento."
(13:45 - 13:48) IL "Mas para todos aqueles que estão à procura, seriam menos opções."
(13:48 - 13:55) IL "E teria uma consequência que também está detalhada em vários estudos, eu trouxe aqui um. Controlo de rendas prejudica gerações futuras."
(13:55 - 14:06) IL "Ora bem, o que é que isto quer dizer? É que quem está à procura de casa tem menos opções. Portanto, isto é um ataque direto nomeadamente aos jovens de Portugal se esta medida alguma vez fosse posta em prática."
(14:19 - 14:23) IL "O que é que nós temos que fazer? Construir, construir, construir."
(14:24 - 14:28) IL "Construir mais, construir mais depressa e construir mais alto."
(14:30 - 14:39) IL "Para isso, nós temos a proposta de descida do IVA da construção, que é decisivo para que projetos que hoje não avançam porque não são rentáveis devido ao custo fiscal possam avançar."
(14:42 - 14:45) IL "Temos que simplificar, acelerar o licenciamento."
(14:45 - 14:51) IL "Não é aceitável que em Portugal meses ou anos seja a demora normal para licenciar a construção de uma habitação."
(14:54 - 14:59) IL "Existem hoje em Portugal dezenas de milhares de habitações que não estão no mercado, que estão vazias."
(15:00 - 15:05) IL "Do ponto de vista do Bloco, o que se deveria fazer, provavelmente no limite, era expropriar essa habitação."
(15:05 - 15:19) IL "O que nós dizemos não. Baixa tributação. Diga-se aos proprietários que têm uma vantagem fiscal, que hoje é cobrada de forma elevada e, portanto, se passe a tributação de 25%, que é a base de tributação de hoje, para 15%."
(15:22 - 15:34) IL "E faça-se também mais duas coisas: que se mexa na questão da justiça, que o risco de arrendar é um risco que hoje está incorporado nas decisões, não trazer casas para o mercado. E, portanto, mexa-se na justiça para que a justiça seja mais rápida."
(15:34 - 15:43) IL "Faça-se ainda uma outra coisa para terminar. São os devolutos abandonados do Estado. O imobiliário do Estado que hoje está a consumir recursos, que não está ao serviço das populações."
(15:51 - 15:56) BE "A diferença é que a Iniciativa Liberal defende construção de casas para ricos."
(15:56 - 16:03) BE "E as pessoas já não conseguem pagar as casas que estão a ser construídas, para além de que essa é uma resposta para daqui a 10 anos, para daqui a 20 anos."
(16:07 - 16:21) BE "A maior parte dos jovens hoje não conseguem encontrar uma casa, não conseguem aceder ao mercado de arrendamento, não conseguem comprar uma casa, não conseguem sair de casa dos pais, têm que emigrar porque não conseguem pagar a casa."
(16:27 - 16:38) BE "Os contratos, lamento informar, Rui Rocha, já são de muito curto prazo, por isso é que as pessoas estão a ser expulsas de suas casas e não podem ter a estabilidade de um contrato de longo prazo."
(16:38 - 16:42) BE "E nós precisamos de uma medida que baixe o preço das casas agora"
(16:46 - 16:59) BE "É inacreditável o esforço, o esforço a que a Iniciativa Liberal se dedica, e não só, representantes do setor imobiliário e os seus defensores, para tentar desacreditar uma medida [tetos às rendas]"
(16:59 - 17:11) BE "que é tão má ou tão boa, que governos com partidos liberais na Holanda defendem, aprofundaram e querem prolongar e querem"
(17:11 - 17:21) BE "Tanto trazem resultados que os preços em Portugal, onde vigora o modelo liberal tal como defendido pela Iniciativa Liberal, aumentaram quatro vezes os da zona Euro."
(17:21 - 17:33) BE "Portugal tem o pior rácio - isto é o resultado da política de liberalização - isto é o resultado da política liberal na habitação. Portugal tem o pior rácio entre os rendimentos das pessoas e o preço das casas."
(17:36 - 17:45) BE "E por isso, nós devemos olhar para aquilo que está a ser bem feito nos outros países. Os tetos nas rendas funcionam e fazem falta a Portugal."
(18:03 - 18:10) BE "Eu acho que é preciso construir, acho que é preciso reabilitar património público e é preciso descer o preço das rendas já. E os tetos às rendas servem para isso."
(18:17 - 18:29) BE "Reduzir impostos, construir, construir, construir e, ah, enfim, ficar à espera que o problema se resolva é aquilo que une Iniciativa Liberal aos governos do PS, aos governos do PSD."
(18:32 - 18:35) BE "E são incapazes de apresentar uma medida diferente."
(18:36 - 18:45) BE "Rui Rocha, a taxa para os rendimentos prediais em IRS para alguém que queira fazer um contrato a 10 anos não é 25%, é 10%."
(18:47 - 18:51) BE "A taxa para quem quiser fazer um contrato de 20 anos (...) é 5%."
(18:51 - 19:00) BE "Se o Rui Rocha quer fazer uma taxa de 5% para contratos de um ano, então é o que está a dizer, o que está a dizer é que quer mais uma vez a habitação precária que nós já temos."
(19:01 - 19:10) IL "o que eu estou a dizer é que a taxa de entrada, já que temos esses exemplos da habitação a mais longo prazo, o arrendamento a mais longo prazo, que não resolveram nada, deve-se baixar a taxa de entrada para que haja, para que haja esse incentivo."
(19:19 - 19:27) IL "neste momento, nós temos rendas congeladas, como a Mariana sabe, temos ainda cento, cerca de 150.000 habitações com rendas congeladas."
(19:27 - 19:38) IL "sim, nós temos já congelamento de rendas em Portugal e isso é uma das condições que leva depois a que tenhamos, ah, enfim, esta estagnação do mercado de arrendamento também, que ninguém resolve e ninguém quer resolver."
(19:45 - 19:58) IL "caso holandês que a Mariana fala tanto, igual a tantos outros, ou seja, a oferta desce no mercado de arrendamento, listas de espera longuíssimas de 10 anos, 12 anos em muitos sítios para ter uma habitação, porque o mercado fica completamente rarefeito."
(20:00 - 20:10) IL "A prazo, melhora no início para aqueles que já têm casa, para aqueles que já têm casa arrendada, e a partir daí é um desastre, Mariana, é um desastre do mercado de arrendamento para todos."
(20:38 - 20:46) IL "onde é que sucessivos governos, nos quais a Mariana teve também influência, nomeadamente durante a Geringonça, levaram a saúde em Portugal?"
(20:46 - 20:51) IL "Onde é que nós estamos? Uma situação caótica nas urgências, que já vem também dos governos de António Costa,"
(20:52 - 20:56) IL "portugueses sem médico de família, 1 milhão e 500 mil, 1 milhão e 600 mil recorrentemente,"
(21:07 - 21:20) IL "O Bloco de Esquerda tem uma responsabilidade nesta matéria. Ah, porque houve um ataque claro até a soluções que funcionavam, como as PPP da saúde, que era uma solução reconhecida pelas entidades oficiais como vantajosas para os portugueses."
(21:24 - 21:45) IL "Continuamos a aceitar uma saúde para três tipos de portugueses diferentes? Uma, que são os funcionários públicos que pagam para ter a ADSE e, portanto, podem escolher. Outra, para aqueles que têm seguros de saúde, podem pagá-los e podem escolher. E outra para os outros, mais desfavorecidos, sem recursos, que não podem escolher e que ficam limitados na sua, no seu acesso à saúde"
(21:52 - 21:59) IL "A nossa proposta é, e é uma proposta baseada na realidade, que os portugueses possam escolher onde é que querem ser tratados."
(22:07 - 22:14) IL "nós temos que evoluir para uma solução que dá condições para que 10 milhões de portugueses possam ter um acesso melhor à saúde."
(22:16 - 22:25) IL "O orçamento da saúde tem aumentado sucessivamente. O SNS continua a apresentar fortíssimas carências do ponto de vista da sua produtividade."
(22:25 - 22:33) IL "aceitamos isto como inevitável ou defendemos uma solução que é uma solução testada, por exemplo, na Holanda e na Alemanha?"
(23:17 - 23:24) BE "o volume de dinheiro na saúde em Portugal está nos 30 mil milhões de euros, 16 mil milhões já vão para o SNS."
(23:25 - 23:37) BE "Em paralelo, temos dados que mostram que os portugueses estão a subscrever cada vez mais seguros de saúde, aumentou 17% no ano passado, já depois de um aumento de 18%, vamos em 4 milhões de portugueses com seguro de saúde."
(23:47 - 23:59) BE "Eu rio-me porque o Rui Rocha consegue, sem se rir, citar a Holanda como um país sensato, segundo o Rui Rocha, no modelo de saúde, mas que, aparentemente, anda a prolongar e a apoiar um modelo de tetos às rendas"
(24:17 - 24:27) BE "Eu defendo um, que deve haver um serviço público, universal, em que toda a gente tem acesso ao mesmo tratamento, independentemente do dinheiro que tem."
(24:36 - 24:41) BE "É que eu quero investir no SNS para que o SNS seja isso e cumpra o seu propósito."
(24:41 - 24:45) BE "O Rui Rocha quer pegar nesse dinheiro e entregá-lo e pô-lo na mão do privado."
(24:46 - 24:52) BE "E a partir do momento em que ele está na mão do privado, acabou a ideia de igualdade no acesso à saúde."
(24:52 - 25:01) BE "Eu sei que não gosta, não gosta de falar dos Estados Unidos da América, mas é o maior exemplo de um modelo privatizado de saúde, em que, em que quem tem dinheiro pode aceder."
(25:03 - 25:19) BE "O SNS continua a ter orçamentos cada vez maiores e cada vez mais dificuldade de resposta, em parte porque uma parte deste modelo foi (...) porque entraram estas lógicas do privado dentro do SNS."
(25:27 - 25:35) BE "quando há doenças graves, quando há especialidades muito caras, é para o SNS que as pessoas vão."
(25:35 - 25:45) BE "As PPP, quando acaba o plafond, é para o público que mandam, tal como fazia a PPP de Braga, mandava utentes para o São João, mandava utentes para Gaia."
(25:52 - 25:59) BE "Mas para fazê-lo bem, e hoje não está a fazê-lo bem, tem de parar de ser drenado pelos recursos privados e conseguir investir numa rede pública."
(26:00 - 26:07) BE "O facto de eu defender um SNS público (...) não quer dizer que eu defendo o SNS como ele está hoje."
(26:08 - 26:11) BE "Eu quero um SNS moderno. Eu quero um SNS com capacidade de resposta."
(26:11 - 26:20) BE "Eu rejeito é o modelo que nos diz que se nós entregarmos a saúde aos bocados a empresas e grupos privados, o problema fica resolvido, porque não fica."
(26:20 - 26:22) BE "E eu rejeito essa ideia que a saúde deve ser um negócio."
(26:24 - 26:32) IL "Eu não consigo ouvir nunca de quem tem esta visão a estimativa, afinal, então quanto é que é preciso para que o SNS..."
(26:37 - 26:48) IL "É que no modelo das PPP, se houver uma transferência indevida dos doentes, não, que não esteja, portanto, de acordo com aquilo que foi contratualizado, há, há penalizações."
(26:54 - 27:05) IL "a contratualização foi exigente e tinha um conjunto de indicadores alargadíssimo, muito mais aliás do que aqueles a que os hospitais públicos respondem."
(27:05 - 27:11) IL "E que essa contratualização previa que, se houvesse transferência indevida, essa transferência era duramente penalizada."
(27:18 - 27:28) IL "essa ideia e esse mito de que havia transferências à la carte quando as PPP não queriam tratar doentes, isso é completamente falso, não está previsto nos contratos."
(27:32 - 27:37) IL "Aliás, como seriam duramente punidas se não tivessem as urgências abertas. E é por isso que as urgências estavam sempre abertas."
(27:38 - 27:48) IL "Outra coisa é o sistema do SNS. Outra coisa é que o que está a ver, é que acontece no SNS, em que como o utente não importa, os portugueses não importam, importa o sistema virado para si próprio,"
(27:48 - 27:56) IL "as grávidas do país ficam à espera, ficam à porta e depois ainda temos uma ministra da saúde a dizer, a culpa é da grávida que teve a criança no corredor, que é inadmissível,"
(28:02 - 28:17) IL "a cobertura de cada subsistema que nós queremos criar para que as pessoas possam escolher é uma cobertura replicada do SNS atual, com todas as garantias de que o nível de tratamento é o mesmo e não há qualquer possibilidade de recusar as pessoas."
(28:21 - 28:31) IL "E depois o financiamento é feito pelo Estado, de acordo com a previsão do nível de doença da população. E, portanto, o financiamento segue as pessoas, é por pessoa, não é por tratamento."
(28:32 - 28:42) IL "se nós não tivermos liberdade de escolha e se não tivermos concorrência, os incentivos não se alinham no sentido fundamental, que é o sentido de tratar bem as pessoas."
(28:43 - 28:58) IL "no sistema que nós propomos há todo o incentivo a fazer medicina preventiva e a tratar cedo as pessoas, porque como é cada subsistema que suporta os tratamentos, se tratar mais cedo, tem menos custo. Se fizer medicina preventiva, tem menos custo."