AD
Aliança Democrática
Líder: Luís Montenegro
Resumo do debate:
- Porta-voz: Luís Montenegro
- Verdades: 91
- Mentiras: 3
- Incertas: 41
PS
Partido Socialista
Líder: Pedro Nuno Santos
Resumo do debate:
- Porta-voz: Pedro Nuno Santos
- Verdades: 82
- Mentiras: 12
- Incertas: 62
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(01:07 - 01:11) AD "Nós segunda-feira vivemos um acontecimento absolutamente inédito, inesperado,"
(01:12 - 01:21) AD "com o qual, eh, nos fomos confrontando com coisas nunca antes vividas, nomeadamente dificuldade de comunicação."
(01:22 - 01:31) AD "Nós não tínhamos energia elétrica em nenhuma casa e, portanto, não tínhamos a possibilidade de falar com os portugueses e os portugueses pelo meio mais direto que era a televisão."
(01:32 - 01:35) AD "Ora, há três dimensões que nos preocuparam desde a primeira hora."
(01:36 - 01:51) AD "Em primeiro lugar, uma dimensão técnica. Nós estamos num domínio que exigia rapidamente uma abordagem técnica. Para quê? Para que fosse cortada a nossa ligação a Espanha, onde tinha ocorrido a origem do apagão."
(01:51 - 01:59) AD "E em segundo lugar, tomarem-se as medidas para o mais rápido possível se poder reiniciar a produção e distribuição de energia em Portugal."
(02:00 - 02:10) AD "Uma segunda linha, de garantir os serviços essenciais. Não nos podemos esquecer que sem energia elétrica ficam em causa infraestruturas críticas, hospitais, as próprias comunicações,"
(02:15 - 02:24) AD "Era preciso ativar planos de emergência, planos de contingência e colocar todo o sistema a funcionar para não deixar que nada disso fosse colocado em causa."
(02:24 - 02:35) AD "E isso resultou tanto que nós tivemos zero mortes na sequência direta da falta de fornecimento de energia elétrica, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Espanha."
(02:39 - 02:45) AD "Nós tivemos ocasião logo na primeira hora de fazer uma comunicação pela via que entendemos que era a mais eficaz, a via rádio."
(02:46 - 02:52) AD "Colocamos o Ministro da Presidência a dar as primeiras indicações sobre aquilo que estava a acontecer com base nas notícias que tínhamos."
(02:53 - 03:03) AD "e ao longo do dia, eu próprio, logo às 3:00 da tarde, depois de reunir o Conselho de Ministros, que teve, de resto, reunido 12 horas, em permanência e de emergência e em crise,"
(03:03 - 03:07) AD "fomos adiantando aquelas que eram as informações que íamos recolhendo."
(03:08 - 03:13) AD "Eu próprio fui depois à REN, verificar as condições em que o reinício da produção estava a acontecer."
(03:14 - 03:20) AD "Tínhamos células de crise na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no sistema de segurança interna."
(03:26 - 03:33) AD "Tivemos 47 entidades públicas a comunicar pela via que estava disponível com mais eficácia, que era a rádio."
(03:34 - 03:39) AD "E depois, quando houve condições de chegar já de uma forma mais massiva, eu acabei por falar ao país já ao início da noite."
(03:43 - 03:51) AD "Nós não só tratámos da comunicação, como tratámos da parte técnica, como tratámos da parte da garantia dos serviços essenciais."
(03:52 - 03:55) AD "Nós respondemos com força e com eficácia,"
(03:56 - 04:04) AD "e para isso tivemos a colaboração inexcedível das portuguesas e dos portugueses que foram serenos, que foram muito colaborantes para ultrapassar a situação."
(04:31 - 04:40) PS "Eu queria, antes de mais, começar por cumprimentar os portugueses, por reconhecer a forma como, reconhecer e agradecer a forma como lidaram com esta crise."
(04:41 - 04:45) PS "Foram corajosos, num em mais um desafio muito complexo que tiveram de enfrentar."
(04:46 - 04:55) PS "e cumprimentar todas as forças que estiveram a apoiar as nossas populações, os profissionais de saúde, desde logo, as forças de segurança, os professores, os bombeiros."
(05:00 - 05:05) PS "Eu, se fosse primeiro-ministro, a primeira coisa que teria feito era convocar o sistema de segurança interna."
(05:05 - 05:21) PS "E no sistema de segurança interna, que é presidido, coordenado pelo primeiro-ministro, estariam também vários ministros, desde logo a ministra da, o ministro da administração interna, o ministro da Justiça, da Defesa Nacional, das infraestruturas, das Finanças, porque é preciso fazer autorizações de, pode ser preciso fazer autorizações de despesa."
(05:22 - 05:27) PS "estaria também a Polícia Judiciária, a PSP, a GNR, os serviços de informação, as Forças Armadas."
(05:28 - 05:38) PS "E no sistema de segurança interna devia estar também o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que deveria ativar o Sistema Nacional de Planeamento Civil de Emergência."
(05:44 - 05:52) PS "Nós não tivemos, nós tivemos os autarcas entregues à sua sorte, eles ativaram os serviços de proteção civil municipais, mas sentiram-se sempre sozinhos."
(05:53 - 06:08) PS "Porque o governo não é responsável pelo apagão, não é também responsável pelo restabelecimento do fornecimento da energia elétrica, porque isso deve-se sobretudo à REN, mas naquilo que era a responsabilidade do governo, nomeadamente a coordenação e a comunicação, o governo falhou."
(06:09 - 06:21) PS "É por isso que em termos, no que diz respeito à comunicação, o governo perdeu a oportunidade, a janela de oportunidade que permitia enviar uma mensagem a todos os portugueses enquanto as comunicações estavam ativas."
(06:23 - 06:34) PS "Nós teríamos aproveitado a janela de oportunidade para comunicar com os portugueses e anunciar que a comunicação passaria a ser feita de forma regular, hora a hora, através das nossas rádios."
(06:34 - 06:42) PS "E desta forma nós poderíamos ter coordenado melhor e comunicado melhor com os portugueses, dando-lhes também maior segurança e maior confiança."
(06:50 - 06:55) PS "Temos que separar aquilo que é a responsabilidade do governo e que é a responsabilidade de outras entidades."
(06:56 - 07:07) PS "A REN fez, de facto, um trabalho extraordinário e conseguiu rapidamente, rapidamente, de forma relativa, obviamente, porque 10 horas têm impacto na vida das pessoas, mas conseguiu recuperar o restabelecimento da energia."
(07:08 - 07:18) PS "Ao governo, aquilo que se pedia era coordenação e comunicação. E na nossa opinião, o governo falhou naquilo que era a sua missão naquele, naquele dia."
(07:19 - 07:28) PS "Não é caso único, o governo já tinha falhado noutras crises, nomeadamente na crise da greve do INEM e nos incêndios de 2025."
(07:46 - 07:52) AD "Porque o líder do Partido Socialista não tem autoridade moral para falar dessa maneira, porque quando teve responsabilidades governativas, deu mostras precisamente do contrário."
(07:53 - 08:09) AD "Basta lembrar a posição que tomou a propósito da localização do aeroporto, que denota efetivamente falta de capacidade de liderança, falta de serenidade, falta até de entrosamento dentro do governo, e não estávamos em situação de crise, estávamos num dia normal, numa semana normal."
(08:10 - 08:20) AD "Deixe-me dizer-lhe que o governo reuniu desde o primeiro minuto e reuniu no pleno a partir da 1:00 da tarde. Tinha passado uma hora e meia desde o eclodir da situação."
(08:20 - 08:38) AD "O sistema de segurança interna funcionou. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil esteve não só a funcionar, como a coordenar todas as operações tendentes ao transporte de combustível que era necessário para poder alimentar os geradores que estavam a substituir aquela que era a falta de fornecimento de energia elétrica."
(08:41 - 08:49) AD "Com certeza que com situações, enfim, que no momento tiveram que ter uma gestão mais imediata, mas com bons resultados."
(08:49 - 08:56) AD "Sabe que nós estamos a ser muito elogiados, por exemplo, aqui ao lado em Espanha, quando nas primeiras horas até diziam que nós íamos demorar mais tempo, que íamos ter mais dificuldades."
(08:57 - 09:07) AD "A Espanha, que tem uma interligação com França e com Marrocos e que podia alimentar a sua rede a partir dessa via, nós demonstrámos autonomia para poder reiniciar todo o sistema de produção e distribuição."
(09:08 - 09:14) AD "Tivemos um bom resultado com os funcionários públicos das várias áreas de atuação a serem proficientes."
(09:15 - 09:22) AD "Tivemos a colaboração de muitas empresas privadas e tivemos sobretudo a colaboração e a maturidade cívica dos portugueses que eu não posso deixar aqui de reconhecer."
(09:34 - 09:56) PS "Bom, antes de mais, Luís Montenegro esqueceu-se de referir, já agora, o meu papel numa crise que nós vivemos e que foi a crise da greve dos motoristas de matérias perigosas, onde nós conseguimos, de facto, estar à altura de uma crise muito desafiante, num conflito que não era com o Estado português, era entre empregadores, empregadores e trabalhadores, motoristas, mas nós tivemos à altura dessa crise,"
(09:57 - 10:03) PS "como depois tivemos também, e eu tinha responsabilidades também nas minhas áreas, durante a pandemia."
(10:04 - 10:19) PS "Agora, nós não podemos, de facto, dizer que as coisas correram bem quando, do ponto de vista da comunicação do parte do governo, que não é uma questão menor, é mesmo uma das tarefas essenciais de um governo, quando iniciam o processo de envio dos SMS à população às 17:15."
(10:19 - 10:25) PS "Quando emitem o, quando fazem o alerta nível laranja às 19:30."
(10:26 - 10:32) PS "Quando ativam a rede de postos de combustíveis às 20:30."
(10:33 - 10:41) PS "Quando temos um, quando não vimos em nenhum momento a Ministra da Administração Interna, nem vimos a Ministra que tutela a política energética."
(10:42 - 10:58) PS "E pasme-se, tivemos ainda um ministro da Coesão territorial, que tem um peso considerável no governo, a dizer que perante os riscos na maternidade Alfredo da Costa tinham dado orientação aos motoristas para encher jerrycans para abastecer a maternidade Alfredo da Costa."
(10:59 - 11:04) PS "Isto foi cómico, mas mostra a desorientação e a impreparação deste governo para fazer face a crises."
(11:58 - 12:05) PS "O nosso programa é claramente, desse ponto de vista, mais prudente, mais cauteloso que o programa da AD, que é na realidade um embuste."
(12:06 - 12:20) PS "Porque aquilo que a AD faz é artificialmente colocar taxas de crescimento que não são previsíveis por nenhuma instituição internacional para depois terem um programa, um nível de despesa fiscal, despesa orçamental muito mais alto que o nosso."
(12:21 - 12:29) PS "Nós fazemos a opção de baixar os impostos que toda a gente paga, nomeadamente e que pesam mais nas famílias que ganham menos."
(12:29 - 12:37) PS "O IVA zero permitirá reduzir o custo de vida com os bens alimentares, nomeadamente com a carne, com o peixe, com o leite, com os ovos."
(12:43 - 12:46) PS "Mas também baixar o IVA da eletricidade para todo o consumo."
(12:47 - 12:48) PS "Baixar o IUC em 20%."
(12:51 - 12:57) PS "Regular e reduzir o preço do gás de botija, que ainda é pago por 2 milhões de famílias e que custa o dobro do que custa em Espanha."
(12:58 - 13:11) PS "Não prometemos tudo a todos, mas aquilo que prometemos é de facto para todos e isso é uma grande diferença face à proposta da AD, que na realidade dirige-se a uma minoria da população e a uma minoria das empresas."
(13:11 - 13:15) PS "Mas sobretudo é um programa que é um embuste, que é irrealista."
(13:16 - 13:24) PS "Nós estamos numa campanha onde, onde um ainda primeiro-ministro faz uma proposta que é absolutamente impossível de concretizar."
(13:28 - 13:38) PS "Luís Montenegro tem, neste caso em concreto, duas faces. Tem uma face durante a campanha eleitoral e depois tem uma face diferente para Bruxelas."
(13:38 - 13:52) PS "Porque está a fazer nesta campanha o que fez há um ano atrás, apresentando taxas de crescimento que não são, não são previsíveis, previstas por ninguém, mas depois em Bruxelas apresenta taxas de crescimento inferiores a 2%."
(13:52 - 13:57) PS "Nós também estamos nestas eleições a votar a seriedade de um líder, de um governo."
(14:25 - 14:31) AD "O Dr. Pedro Nuno Santos, ainda por cima é economista, acaba de lançar uma confusão que, se não é propositada, então é incompetência pura."
(14:32 - 14:48) AD "Porque o Dr. Pedro Nuno Santos não pode desconhecer que os números que nós enviamos a Bruxelas são na perspectiva das chamadas políticas invariantes, ou seja, não atenderam ao efeito positivo que nós queremos que as nossas decisões políticas podem ter nos próximos anos."
(14:49 - 14:55) AD "E aliás, corresponde ao pensamento político do Partido Socialista, porque como o Partido Socialista não transforma nada, também não vê crescimento."
(15:02 - 15:12) AD "Ora, o nosso programa, ao contrário daquilo que o Dr. Pedro Nuno Santos estava a mencionar agora, decorre do efeito que as nossas políticas ao longo do tempo vão provocando,"
(15:12 - 15:28) AD "nomeadamente as políticas de transformação do Estado, do setor público e as políticas de transformação da economia, nomeadamente as políticas fiscais."
(15:29 - 15:32) AD "Nós temos como grande pedra de toque para a economia o investimento."
(15:33 - 15:39) AD "O investimento público, o investimento em recursos humanos, por isso nós fizemos a revisão de 19 carreiras da administração pública."
(16:04 - 16:14) AD "Nós estamos a diminuir os encargos sobre as empresas para as empresas terem mais meios para comprar mais equipamento, para pagarem melhores salários e terem melhores recursos humanos, para poderem investir em inovação,"
(16:14 - 16:18) AD "e também para podermos ser um país mais atrativo ao investimento direto estrangeiro."
(16:19 - 16:32) AD "Nós, por exemplo, no IF7, em 2022 e 2023 tivemos incentivos de 12 e 13 milhões de euros. O ano passado tivemos de 400 milhões. Este ano temos, temos três meses, já vamos em 320 milhões."
(16:37 - 16:44) AD "As medidas do Partido Socialista são apenas de distribuição, são apenas, não, não modificam nada na economia, não modificam nada no Estado."
(16:46 - 16:49) AD "Nós não queremos desvalorizar o efeito das políticas de rendimentos."
(16:49 - 16:54) AD "Queremos que as pessoas paguem menos impostos, e estão a pagar menos impostos. Queremos que as pensões sejam valorizadas e estão a ser valorizadas."
(16:55 - 17:00) AD "Mas nós temos de mudar o Estado e a economia para que ela seja mais produtiva."
(17:00 - 17:18) AD "E sendo mais produtiva, cria mais riqueza. Criando mais riqueza, vai dar mais rendimento. E dando mais rendimento, já agora, também dá mais meios ao Estado, porque as pessoas vão acabar por ter um pagamento de imposto, que embora seja menor na taxa, é maior na receita global em função da quantidade de rendimentos capazes de gerar."
(17:26 - 17:35) AD "O ano passado, nós não só superamos todas as previsões, contrariando aliás o pessimismo, o pessimismo da campanha o ano passado do Pedro Nuno Santos,"
(17:36 - 17:44) AD "como nós tivemos uma diminuição do, da receita de IRS de cerca de 1.000 milhões de euros. Mas a receita de IRC subiu 2.000 milhões, milhões de euros."
(17:44 - 17:54) AD "O que quer dizer que é isto que nós queremos: as pessoas a pagar menos impostos sobre o rendimento do trabalho, premiar mais o mérito, e as empresas a pagar mais impostos, não porque a taxa suba, mas porque são mais produtivas."
(18:04 - 18:23) AD "a justificação para a diferença dos números é esta que eu lhe estou a dar. São políticas públicas, são políticas de transformação da economia que geram mais capacidade de criar riqueza, que por sua vez gera mais receita fiscal, que dá ao Estado, naturally, taxas de crescimento económica que vão favorecer o cumprimento do investimento público que está também."
(18:23 - 18:27) AD "[Falta ambição ao programa do PS?] Sem dúvida nenhuma. Isso, isso já quer dizer, aí já está correto."
(18:28 - 18:33) PS "Não, não falta ambição ao programa do Partido Socialista. Eu acho é que falta vergonha ao programa da AD."
(18:34 - 18:38) PS "Porque obviamente, aquilo que Luís Montenegro nos traz aqui é uma fantasia, é um ato de fé."
(18:38 - 18:50) PS "O Banco de Portugal fez um estudo sobre o impacto da de redução de 1 ponto percentual no IRC no crescimento a médio e longo prazo. E o impacto é de 0,1% no crescimento da economia portuguesa,"
(18:50 - 18:57) PS "se todas as empresas que tiverem essa poupança fiscal reinvestirem a totalidade dessa poupança fiscal."
(18:58 - 19:05) PS "Ora, a nossa política de IRC é uma política, uma política mais inteligente, é aliás a política que é seguida na maioria dos países OCDE."
(19:05 - 19:14) PS "Nós queremos baixar o IRC para as empresas que dão um bom destino aos seus lucros, que reinvestem na inovação, na investigação, na capitalização das empresas."
(19:15 - 19:27) PS "Ora o que a AD propõe é a redução do IRC de forma igual, sem critério para todas as empresas, independentemente delas distribuírem os seus lucros aos acionistas ou de reinvestirem os seus lucros."
(19:28 - 19:30) PS "E portanto é uma política que é errada."
(19:30 - 19:39) PS "Mas para percebermos todos, como a AD não é boa conselheira do crescimento económico e tem, aliás, políticas que são contrárias àquilo que nós precisamos"
(19:39 - 19:46) PS "Basta ver que a Fundação para a Ciência e Tecnologia teve no último orçamento de Estado um dos maiores cortes de sempre, 10%."
(19:46 - 19:51) PS "A Fundação para a Ciência e Tecnologia é a principal entidade financiadora da ciência em Portugal."
(19:52 - 19:57) PS "Pela primeira vez também em muitos anos, temos um menor número de inscritos nas nossas universidades."
(19:57 - 20:03) PS "Ora, não se transforma uma economia com menos estudantes no ensino superior, nem com menos investimento na ciência."
(20:04 - 20:21) PS "O Partido Socialista, aquilo que tem, é de facto uma política, uma estratégia, nós defendemos, já tive a oportunidade de dizer, para que as pessoas entendam à luz da nossa história, um novo relatório Porter que permita identificar os setores e as áreas tecnológicas com maior potencial de arrastamento da economia."
(20:21 - 20:25) PS "Isto significa que a ciência não deve ser visto como um empecilho na economia, mas é o Estado a dirigir a economia?"
(20:26 - 20:26) PS "Não, claro que não."
(20:27 - 20:30) PS "Da mesma forma, são as empresas que fazem o seu investimento."
(20:30 - 20:41) PS "Aliás, eu quero lembrar, porque o Luís Montenegro diz que está tudo muito bem do ponto de vista de investimento e crescimento económico. Na realidade, aquilo que o Luís Montenegro apresenta como estando bem, já estava bem há um ano. Aliás, estava melhor."
(20:41 - 20:49) PS "A economia crescia mais no último ano do PS do que no primeiro ano da AD, mas o investimento privado, o investimento privado também crescia mais."
(20:49 - 20:56) PS "E digo-lhe mais ainda, a execução pública do, do investimento público do primeiro ano da AD é mesmo das piores."
(21:09 - 21:12) AD "nós temos mesmo de ser sérios. E o Pedro Nuno Santos tem de ser sério."
(21:13 - 21:20) AD "A Fundação para a Ciência e Tecnologia bateu o recorde de execução de sempre: 833 milhões de euros."
(21:21 - 21:22) AD "Sabe que é mentira isso."
(21:23 - 21:31) AD "O ano passado, a execução da Fundação para a Ciência e Tecnologia era de pouco mais de 500 milhões de euros. Subiu mais de 50%."
(21:37 - 21:45) AD "Nós estamos a fazer uma aposta determinante na ciência e na inovação, na inteligência artificial, na tecnologia como motor do crescimento económico."
(21:48 - 21:54) AD "Nós temos, de facto, uma capacidade de execução muito maior do que aquela que o Partido Socialista e o Pedro Nuno Santos estavam habituados."
(22:08 - 22:12) AD "Aquilo que o Partido Socialista quer é não só dirigir a economia como privilegiar alguns setores."
(22:12 - 22:19) AD "Mas a questão que se coloca e que se tem que colocar e que o Pedro Nuno Santos nunca respondeu, é quais são os setores que ficam excluídos?"
(23:50 - 23:57) AD "Dar continuidade à política que iniciámos de valorização do estatuto remuneratório e da progressão das carreiras dos profissionais de saúde."
(23:58 - 24:05) AD "Nós fizemos um acordo com os médicos, como é sabido, fizemos com os enfermeiros, fizemos com todas as áreas de atividade, até com os técnicos de emergência pré-hospitalar,"
(24:36 - 24:52) AD "Por exemplo, ao nível da saúde familiar, termos mais unidades de saúde familiar de tipo B ou de tipo C, que têm instrumentos para poder valorizar mais a disponibilidade e o trabalho do pessoal médico e de todos aqueles que colaboram nas atividades das respetivas unidades de saúde, é importante."
(24:53 - 25:03) AD "Poder atribuir centros de responsabilidade integrada a profissionais que se juntam e apresentam esses projetos nas unidades hospitalares é importante para termos mais capacidade e mais eficiência."
(25:04 - 25:09) AD "Temos mecanismos de gestão que possam também trazer, por exemplo, melhorias como as parcerias público-privadas,"
(25:10 - 25:12) AD "que está comprovado, não é uma questão ideológica."
(25:33 - 25:53) AD "porque é que, como aconteceu nos 8 anos que nos precederam, os governos devem prender-se às amarras ideológicas, que são, aliás, muito próximas do pensamento político de Pedro Nuno Santos e daqueles que foram os seus parceiros privilegiados na governação e que se estima possam ser também numa hipotética solução do governo que ele preconiza, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista,"
(26:22 - 26:27) AD "Eu prometi na campanha eleitoral um programa de emergência para a saúde nos primeiros 60 dias de mandato. E cumpri."
(26:28 - 26:38) AD "Nós apresentamos um programa de emergência e transformação com 54 medidas, umas mais urgentes e outras de transformação mais mediata. Nós já cumprimos 80% das medidas urgentes e prioritárias."
(26:53 - 26:59) AD "Nós não íamos conseguir atingir esse resultado no final do ano de 2025 com o ponto final."
(27:00 - 27:22) AD "Agora, com a adoção de maiores unidades de saúde familiar tipo B e tipo C, com as parcerias com o setor social, com o reforço da capacidade de contratação e manutenção de médicos de medicina familiar no Serviço Nacional de Saúde, eu quero no mais rápido prazo possível cumprir esse desígnio."
(27:23 - 27:27) AD "Não vou avançar uma data concreta porque não tenho elementos ainda suficientes para o poder fazer."
(27:36 - 27:49) PS "Deixe-me dizer que esta é mesmo a área de maior falhanço do governo da AD e por responsabilidade direta e pessoal de Luís Montenegro, que criou a expectativa nos portugueses de que era fácil e rápido resolver os problemas da saúde."
(27:50 - 28:00) PS "Prometeu, como aqui já tivemos a falar, médicos de família para todos os utentes. E nós temos mais 50.000 utentes sem médico de família do que tínhamos há um ano."
(28:01 - 28:06) PS "E temos 1 milhão e meio, é óbvio que não vai conseguir cumprir a promessa que fez há um ano."
(28:30 - 28:36) PS "E as propostas que o governo da AD tem implementado têm fracassado."
(28:36 - 28:46) PS "Fez uma promessa de que um acordo com o Hospital Privado de Cascais iria garantir 75, médicos de família a 75.000 utentes. Não chegaram a 5.000."
(28:47 - 28:53) PS "Já hoje aqui falou nas unidades de saúde familiar tipo C, prometeram 20, candidataram-se seis."
(28:53 - 29:01) PS "Isto é, as respostas e a aposta, a resposta e a aposta no setor privado por parte da, de, deste governo, fracassou."
(29:02 - 29:09) PS "Ora, nós temos de criar condições no SNS para tornar não só as carreiras, mas a atividade dentro do SNS mais atrativa."
(29:10 - 29:16) PS "Isso passa por nós obviamente olharmos para a carreira, garantirmos uma progressão mais célere da carreira"
(29:17 - 29:24) PS "e conseguirmos encontrar mecanismos que permitam uma melhor conciliação da vida familiar com a vida profissional aos médicos."
(29:26 - 29:37) PS "E dar condições de alojamento, nomeadamente subsídio de alojamento aos médicos disponíveis para prestar cuidados de saúde primários, serem médicos de família, nos centros de saúde onde nós temos mais carência."
(29:38 - 29:48) PS "Mas verdadeiramente nós precisamos de fazer mais para reduzir não só a pressão nos nossos hospitais e nos serviços de urgência, mas também para darmos melhor qualidade de vida aos nossos portugueses."
(29:53 - 30:06) PS "Nós precisamos de fazer um trabalho junto da comunidade para garantir que as doenças crónicas dos, nomeadamente dos nossos mais velhos não se desestabilizem, evitando que tenham de ir desnecessariamente para as urgências ou serem hospitalizados."
(30:07 - 30:14) PS "Isto implica equipas multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais."
(30:15 - 30:22) PS "Estas equipas vão permitir aliviar, diminuir onde custa mais também ao SNS, que é nas urgências e nos hospitais."
(30:37 - 30:45) PS "Mas já disse várias vezes, nós não temos nenhum dogma ideológico. Agora, nós só se avança para uma parceria público-privada com uma fundamentação que nós não vimos até agora."
(30:46 - 30:53) PS "O governo quer passar para PPP cinco hospitais, mais de 170 centros de saúde sem ter apresentado a devida fundamentação."
(30:54 - 31:02) PS "E, portanto, o que eu, eu prefiro, na primeira, em primeiro momento, dar mais autonomia de gestão às administrações dos nossos hospitais."
(31:02 - 31:13) PS "E eu tenho a certeza que com maior autonomia e maior flexibilidade de gestão, os nossos hospitais podem ser melhor geridos sem os termos de entregar ao hospital, à gestão de privados."
(31:18 - 31:22) AD "Com certeza, porque acusar-me a mim de ter falhado é de facto uma coisa espantosa."
(31:23 - 31:31) AD "Então eu falhei quando nós em 11 meses fizemos um acordo com os médicos e com os enfermeiros que o Partido Socialista ou o Pedro Nuno Santos não fizeram em 8 anos?"
(31:31 - 31:47) AD "Então eu falhei quando, vamos falar das urgências e da, e dos encerramentos de urgências. Sabe que as urgências, no primeiro trimestre de 2025, face ao ano passado, que ainda era o governo do Partido Socialista, as urgências de adulto tiveram menos 89% de encerramentos este primeiro trimestre de 2025."
(31:48 - 31:52) AD "As de pediatria, menos 50% de encerramento do que tinham tido no ano passado."
(31:53 - 31:57) AD "As de obstetrícia, menos 46% de encerramentos do que tinham tido o ano passado."
(31:57 - 32:14) AD "A criação da linha SNS Grávida tirou das urgências 36.500 atendimentos que não foi necessário serem encaminhados para as urgências, foram encaminhados para outras unidades de saúde ou até foram, enfim, acompanhadas a partir da chamada no domicílio."
(32:15 - 32:23) AD "Nós temos em transformação o Serviço Nacional de Saúde que está a diminuir os prazos para a marcação das consultas e realização das consultas e das cirurgias."
(32:23 - 32:35) AD "Com certeza que há muitos constrangimentos, eu não estou com isso a dizer que vivemos num país que ultrapassou num ano um problema que tem duas décadas pelo menos, mas que foi agravado nos últimos 8 anos sob a responsabilidade do Pedro Nuno Santos,"
(32:36 - 32:47) AD "e já agora daquele que o Dr. Pedro Nuno Santos exibe como, enfim, a grande esperança do Partido Socialista para a área da saúde, que foi não só secretário de Estado neste período de 8 anos, como foi também diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde."
(32:50 - 33:01) AD "Hoje de manhã o Dr. Pedro Santos foi ao Hospital de Santa Maria e deve-se ter apercebido que o tempo de espera na urgência para os doentes vermelhos foi zero minutos e para os doentes de laranja foi 36 minutos."
(33:02 - 33:15) PS "Eu, antes de mais, agradeço que Luís Montenegro tenha lembrado aqui Fernando Araújo, porque é de facto das figuras na área da saúde mais consensuais na sociedade, na sociedade portuguesa, elogiado, elogiado por muitas personalidades de direita,"
(33:32 - 33:34) PS "As listas de espera para consulta aumentaram 15%."
(33:35 - 33:38) PS "As listas de espera para cirurgia aumentaram entre 2 a 3%."
(33:39 - 33:44) PS "Os os serviços de urgência não estão melhor, estão piores do que o ano passado."
(33:45 - 33:51) PS "E Luís Montenegro revela uma incapacidade de sintonizar com a preocupação, com as, com os problemas dos portugueses."
(33:52 - 34:05) PS "E só isso explica que durante semanas sobre encerramentos de serviços de urgência de obstetrícia não tenha dito nada, mas na segunda-feira tenha corrido para as portas da maternidade Alfredo da Costa para fazer uma declaração ao país."
(34:39 - 34:46) PS "Bom, antes de mais, nós estamos aqui sobretudo para falar dos problemas dos portugueses e das nossas soluções para esses problemas."
(34:46 - 34:52) PS "Os portugueses querem ouvir de nós respostas claras, mas também querem estabilidade política e querem sentido de responsabilidade."
(34:52 - 34:57) PS "Sentido de responsabilidade, foi aliás aquilo que o Partido Socialista demonstrou ao longo do último ano e meio."
(34:57 - 35:00) PS "Nós demos mesmo todas as condições de governabilidade à AD."
(35:00 - 35:07) PS "Luís Montenegro não tem a esse propósito nenhuma razão de queixa, nem de mim próprio, nem do Partido Socialista."
(35:07 - 35:10) PS "Mas há uma linha vermelha que nós não podemos ultrapassar."
(35:10 - 35:17) PS "E que é ignorar aquilo que nós ficamos a saber nos últimos dois meses, os casos que envolveram o Primeiro-Ministro."
(35:17 - 35:26) PS "Em primeiro lugar, ficamos todos a saber que Luís Montenegro, como Primeiro-Ministro, continuou a receber dinheiro de algumas empresas."
(35:26 - 35:30) PS "E eu digo isto com a consciência de que a Spin Viva é Luís Montenegro."
(35:30 - 35:37) PS "Foi Luís Montenegro que criou a empresa, foi Luís Montenegro que angariou os clientes da empresa, e é por Luís Montenegro que os clientes lá estão."
(35:37 - 35:46) PS "Um desses clientes tem mesmo interesse em decisões do Estado, o grupo Solverde, que Luís Montenegro chegou mesmo a representar em interações com o governo anterior."
(35:46 - 35:56) PS "Hoje ficamos a conhecer mais clientes, e alguns deles são clientes que fornecem o Estado e recebem por esses fornecimentos milhões de euros."
(35:56 - 36:07) PS "Em segundo lugar, ficamos a saber que Luís Montenegro fez a reestruturação da empresa sem ter currículo na área da reestruturação, nunca tinha feito antes, não voltou a fazer depois, não é economista."
(36:07 - 36:14) PS "mas recebeu 238.000 € por esse trabalho em 2022, no ano em que foi eleito presidente do PSD."
(36:14 - 36:18) PS "Não apresentou até ao momento nenhuma prova documental desse trabalho."
(36:18 - 36:26) PS "Em terceiro lugar, ficamos a saber que Luís Montenegro apresentou, não declarou todas as contas ao Tribunal Constitucional."
(36:27 - 36:38) PS "Em quarto lugar, há um inquérito crime a decorrer no DIAP do Porto sobre o maior investimento público na Câmara Municipal de Espinho, que envolve uma empresa chamada ABB."
(36:38 - 36:56) PS "Sabemos também que a sociedade de advogados da qual fez parte Luís Montenegro fez pareceres que foram favoráveis à posição da construtora na exigência de pagamentos por trabalhos a mais na Câmara Municipal, que era supostamente representada pela sociedade de advogados."
(36:56 - 37:03) PS "Sabemos que essa empresa ABB foi a fornecedora do betão para a casa de Luís Montenegro."
(37:03 - 37:12) PS "e sabemos também que Luís Montenegro, que podia ter morto este tema, não apresentou nunca a ninguém as faturas dessas obras."
(37:15 - 37:22) PS "Acrescentamos a isto tudo um coelho da cartola que Luís Montenegro tirou algumas horas antes deste debate."
(37:22 - 37:33) PS "E eu quero dizer que é inaceitável, que é gozar connosco, gozar com os portugueses, é gozar com quem trabalha, aquilo que Luís Montenegro fez umas horas antes deste debate,"
(37:33 - 37:38) PS "quando tinha essa informação há dois meses e decidiu atirar o país para eleições."
(37:38 - 37:51) PS "Quero terminar dizendo que isto é mais do que suficiente para nós percebermos que Luís Montenegro não tem idoneidade para o cargo que ocupa e é neste momento o principal fator de instabilidade política em Portugal."
(37:51 - 38:07) AD "Bom, antes de mais, deixe-me dizer-lhe que eu não tornei público nenhuma interação que tive com a entidade para a transparência."
(38:07 - 38:10) AD "Eu não sei qual é a fonte desta notícia."
(38:12 - 38:15) AD "Eu respondi a uma solicitação que me foi feita."
(38:15 - 38:23) AD "Eu contactei hoje a entidade para a transparência que me assegurou que não publicitou aquilo que foi a informação que eu enviei ontem."
(38:23 - 38:40) AD "e me informou que na Assembleia da República, a informação que eu canalisei para a entidade da transparência foi acessível e que, portanto, terá sido eventualmente essa a origem da difusão de uma informação que não tem a minha responsabilidade."
(38:40 - 38:48) AD "até porque eu não tenho autorização para publicitar, não tive essa autorização previamente, esses clientes que não estavam identificados."
(38:52 - 38:57) AD "Eu não acumulei as funções de primeiro-ministro com nenhuma outra atividade."
(38:57 - 39:06) AD "Eu não recebi um único euro de nenhuma entidade privada, não é desde que sou primeiro-ministro, é desde que sou presidente do PSD."
(39:06 - 39:11) AD "Eu cumpri todas as minhas obrigações declarativas fiscais."
(39:11 - 39:18) AD "Eu dei todas as informações que me foram pedidas, nomeadamente por escrito, e o Pedro Nuno Santos e o Partido Socialista não pediram nunca nenhuma informação por escrito."
(39:18 - 39:26) AD "Eu tive ocasião até de dar público conhecimento das minhas declarações de rendimentos dos últimos 15 anos."
(39:26 - 39:45) AD "Tudo aquilo que foi agora aqui descrito pelo Pedro Nuno Santos corresponde a uma exploração de insinuações gratuitas que é lamentável e deplorável que um líder político se preste a fazer apenas com o intuito de tirar daí algum dividendo."
(39:45 - 40:03) AD "Eu estou disponível sempre para dar as explicações ou as solicitações que me forem perguntadas."
(40:03 - 40:05) AD "Eu dei as informações que me foram perguntadas até agora."
(40:05 - 40:10) AD "E depois há aqui uma questão, que é uma questão mesmo de caráter."
(40:10 - 40:15) AD "É que o Pedro Nuno Santos não tem nem autoridade moral, nem tem vida para falar assim de mim."
(40:15 - 40:20) AD "Não tem vida cívica, não tem vida profissional, nem tem vida empresarial."
(40:20 - 40:23) AD "Há uma coisa que eu na vida fiz sempre."
(40:23 - 40:27) AD "Eu apliquei a mim mesmo aquilo que exigi aos outros."
(40:27 - 40:39) AD "O que o Pedro Nuno Santos acabou aqui de fazer e descrever é deplorável, é um aproveitamento político inaceitável, porque ele não aplica a ele próprio aquilo que aqui quis instrumentalizar."
(40:39 - 40:50) AD "Nós sabemos quais foram os clientes do Pedro Nuno Santos na empresa da qual era detentor de uma participação social, quando era deputado, quando era secretário de Estado, quando era ministro."
(40:50 - 40:54) AD "Eu nunca lhe perguntei. Eu só estou a dizer isto porque isto é a pergunta que Pedro Nuno Santos tem de fazer a Pedro Nuno Santos."
(40:54 - 41:04) AD "Nós sabemos quais foram as entidades públicas a quem a empresa do Pedro Nuno Santos - e é o Pedro Nuno Santos que lhe deve perguntar - vendeu materiais, vendeu equipamentos, vendeu serviços."
(41:09 - 41:21) AD "O senhor doutor Pedro Nuno Santos quer saber qual foi o meu trabalho quando eu estava fora da política e fica espantado por eu ter recebido 190.000 € de honorários..."
(41:21 - 41:29) AD "...de uma reestruturação, deixe-me só dizer isto, de uma reestruturação de uma empresa e de um, uma valorização que foi de mais de 6 milhões de euros."
(41:31 - 41:38) AD "Eu não só estava habilitado para fazer esse trabalho, como já demonstrei estar habilitado para reestruturar o país, o país que os senhores deixaram muito mal tratado."
(41:39 - 41:45) PS "Quem está habilitado para reestruturar um país, mal era que não estivesse para fazer uma pequena operação de valorização de uma atividade privada."
(41:47 - 41:52) PS "Eu queria dizer a Luís Montenegro que não se vitimize, porque a vida não o tratou mal."
(41:52 - 42:02) PS "Não é toda a gente que consegue sair da política e rapidamente conseguir dois ajustes diretos com duas autarquias presididas por dois companheiros de partido e amigos."
(42:02 - 42:07) PS "Portanto, a vida não o tratou mal, não se vitimize, não tem sentido absolutamente nenhum."
(42:07 - 42:11) PS "Não foi o Partido Socialista que abriu um inquérito crime no DIAP do Porto."
(42:12 - 42:19) PS "Não fui eu que não declarei todas as minhas contas ao Tribunal Constitucional."
(42:19 - 42:28) PS "Luís Montenegro perguntou ao Paulo Raimundo se havia alguma decisão sua ou do seu governo que tivesse beneficiado algum seu cliente. E eu quero dizer que há, potencialmente, sim."
(42:32 - 42:49) PS "neste momento, na pasta de transição do anterior governo, foi dito ao seu governo que a partir de outubro do ano passado, segundo o Turismo, havia condições para lançar o concurso internacional para a renovação da concessão dos casinos, de três casinos."
(42:49 - 42:57) PS "Dizia mesmo que o governo tinha pedido ao Turismo de Portugal para antecipar este cronograma para defender o interesse público."
(42:57 - 43:02) PS "Ora, hoje estamos no final de abril e ainda não foi lançado o concurso internacional."
(43:02 - 43:15) PS "O que significa que é cada vez mais difícil de nós assegurarmos que não vai haver uma nova prorrogação. Prorrogação da concessão que vai beneficiar diretamente o grupo Solverde."
(43:15 - 43:19) PS "e vai, e pode potencialmente prejudicar o Estado português."
(43:24 - 43:31) PS "não podia, não podia nunca ter continuado com a sua empresa depois de ter assumido funções como primeiro-ministro."
(43:31 - 43:39) PS "Esta é uma matéria importante, porque obviamente, estão-se a avaliar líderes e projeto."
(43:43 - 43:49) PS "E sim, houve uma decisão que pode ter beneficiado, uma decisão por omissão que pode vir a beneficiar um seu cliente."
(43:53 - 43:56) PS "Depende sobretudo de Luís Montenegro."
(44:01 - 44:03) AD "Isso eu não carrego caso nenhum com toda a franqueza."
(44:04 - 44:07) AD "Eu tenho só que dizer ao Pedro Nuno Santos que ele não tem mesmo limites."
(44:07 - 44:23) AD "O Dr. Pedro Nuno Santos fala de um, enfim, de um processo que está, que estaria na pasta de transição, eventualmente do turismo, do Ministério da Economia. É para ver que eu não tenho conhecimento sequer disso, porque eu não participei nessa transição nem participei nenhuma decisão que tivesse a ver com os meus antigos clientes."
(44:23 - 44:39) AD "De tal maneira que a única que foi tomada pelo governo foi um recurso sobre uma decisão que tinha sido tomada pelo seu governo, do qual o senhor fez parte, e no decurso da qual tinha sido atribuída uma indemnização a essa empresa à Solverde de 15 milhões de euros mais juros. Eram 18 milhões de euros."
(44:40 - 44:44) AD "Nós recorremos e inibimos o Estado de pagar essa indemnização."
(44:44 - 44:57) AD "O senhor tem mesmo coragem de me falar em prorrogações de zonas de jogo quando o senhor sabe que as duas últimas foram da responsabilidade de governos do Partido Socialista e a última de um conselho de ministros onde o senhor se sentava."
(44:57 - 45:05) AD "O senhor está a falar do quê? O senhor não sabe que nós estamos ainda no ano 2025 e que eu saiba essas concessões que mencionou acabam no final do ano?"
(45:07 - 45:09) AD "o senhor de facto não tem limites, mas devia ter."
(45:09 - 45:17) PS "Luís Montenegro não percebe a diferença. É que o grupo Solverde não era cliente nem de António Costa, nem do ministro Pedro Siza Vieira ou Costa e Silva."
(45:17 - 45:26) PS "Quero dizer, sobre os 18 milhões do grupo Solverde, era só o que faltava que o Estado português não recorresse da decisão do Tribunal Arbitral."
(45:27 - 45:43) PS "É que numa situação exatamente igual, exatamente igual, só que era o Casino da Póvoa, o governo anterior também recorreu da decisão do Tribunal Arbitral para o Supremo Tribunal de Justiça, que depois veio dar razão ao Estado."
(45:43 - 45:54) PS "Imagine o que era numa situação exatamente igual, o Estado português e o governo sob a sua liderança não fazerem o mesmo que o governo anterior tinha feito."
(45:54 - 45:57) PS "A esta hora, o Dr. Luís Montenegro já não estaria aí."
(45:57 - 45:58) AD "Eu estou esclarecido quanto aos seus propósitos."
(46:07 - 46:13) AD "eu analisarei todas as iniciativas políticas que os partidos da oposição quiserem colocar."
(46:13 - 46:27) AD "Há uma coisa que eu nunca farei na minha vida política: eu nunca forçarei nenhum adversário a expor a sua família, a sua mulher, os seus filhos, ou o seu pai, ou a sua mãe, ou a sua irmã a uma comissão parlamentar de inquérito para tirar daí proveito político. Isso eu nunca farei."
(46:28 - 46:40) PS "Nós nunca quisemos expor a família de ninguém. Aliás, já tivemos a oportunidade de dizer que nunca chamaríamos a família direta, nomeadamente a mulher nem os filhos do de Luís Montenegro. Já o dissemos publicamente."
(46:41 - 46:51) PS "Nunca foi esse o nosso objetivo. Era simplesmente ter os esclarecimentos que o povo português tem o direito de ter e que Luís Montenegro, infelizmente, preferiu sempre não dar."
(47:11 - 47:22) PS "nós valorizamos a sério os pensionistas, e sempre que podemos, nós aquilo que fazemos é aumentos extraordinários para além do aumento que está consagrado na lei."
(47:23 - 47:26) PS "Eu já ouvi a AD a dizer que aumentou as pensões."
(47:27 - 47:33) PS "A AD estava tão habituada a cortar pensões que cumprir a lei já é um feito para a AD."
(47:33 - 47:44) PS "Na realidade, houve um aumento já no, no com o PS na oposição, aumento para lá do que a lei previa. Mas foi uma proposta que o Partido Socialista levou à Assembleia da República que teve o voto contra da AD."
(47:44 - 47:50) PS "Portanto, o Partido Socialista leva a sério o sistema público de pensões, leva a sério os pensionistas do nosso país."
(47:58 - 48:13) PS "E há uma coisa que nós nunca faremos, que é grupos de trabalho presididos por pessoas que têm uma posição clara sobre o sistema público de pensões e que querem, obviamente, entregar parte do sistema público de pensões ao mercado de capitais. Isso nós nunca faremos."
(48:14 - 48:20) PS "Nós nunca permitiremos que quem quer que seja ponha em causa o sistema público de pensões."
(48:21 - 48:33) PS "foi o governo criou um grupo que está a estudar a reforma da segurança social. E tenho um presidente que tem posições muito sólidas sobre o sistema de pensões em Portugal."
(48:33 - 48:38) PS "Tenho muita dificuldade em acreditar que vá concluir diferente do que sempre defendeu."
(48:38 - 48:45) PS "E portanto, a AD tem hoje o projeto que sempre teve, que é a privatização parcial do sistema público de pensões."
(48:45 - 48:55) PS "Isso nunca acontecerá com o PS, e quero aqui dizer que será mesmo uma das nossas primeiras decisões extinguir o grupo de trabalho que foi criado para a privatização da segurança social."
(49:00 - 49:12) PS "Aquilo que nós precisamos é de olhar para as nossas instituições de solidariedade social que cuidam dos nossos mais velhos e assumirmos todos que nós precisamos de aumentar o investimento no apoio aos mais velhos."
(49:12 - 49:33) PS "E quando digo, não só aos lares que hoje existem, à criação de novos lares, mas sobretudo, e isto é muito importante, nós conseguirmos ter um pacto, um consenso para aumentar de forma relevante os salários de todos os trabalhadores, que são na sua esmagadora maioria mulheres, que dedicam a sua vida a cuidar dos nossos mais velhos."
(49:33 - 49:40) PS "E valorizando quem cuida dos nossos pais e dos nossos avós, nós estaremos também a cuidar dos nossos idosos."
(49:43 - 50:04) AD "Acredito que nós demos todas as razões para que os pensionistas e informados portugueses confiem não só no projeto que nós lideramos, como confiem mais no nosso do que no do Partido Socialista."
(50:06 - 50:12) AD "a palavra-chave é de tranquilidade e de valorização."
(50:12 - 50:21) AD "Nós aumentamos as pensões de acordo com os critérios da lei para todos e cumprimos a nossa promessa de valorizar as pensões mais baixas."
(50:21 - 50:27) AD "Valorizamos logo no primeiro mês de mandato, aumentando uma primeira vez o complemento solidário para idosos."
(50:27 - 50:37) AD "Aumentamos uma segunda vez no orçamento do Estado. Atribuímos um suplemento extraordinário em outubro, quando vimos que a execução orçamental o permitia, para todas as pensões até 1527 €."
(50:37 - 50:48) AD "Começando por ter um suplemento maior até aos 509 €, de 200 €. Depois de 150 € até aos 1018 €, e depois de 100 € até aos 1527 €."
(50:49 - 50:55) AD "Nós fizemos uma transferência de 4.000 milhões de euros para o fundo de estabilização financeira da segurança social."
(51:18 - 51:31) AD "Então ele critica o governo por ter criado um grupo de trabalho que mais não está a fazer do que analisar um estudo, um livro verde que foi o governo do qual o Dr. Pedro Nuno Santos fez parte que elaborou?"
(52:01 - 52:06) AD "Nós não vamos fazer nenhuma alteração ao sistema de segurança social nesta legislatura."
(52:06 - 52:22) AD "E se algum dia eu, enquanto líder do PSD ou chefe do governo, tiver de a propor ao país, será na base de uma decisão eleitoral. E eu já prometi que só o farei, portanto, numa próxima legislatura, se for necessário."
(52:48 - 52:54) AD "Nós duplicamos de 50 para 100% a comparticipação dos medicamentos prescritos precisamente para quem tem rendimentos mais baixos."
(53:19 - 53:27) PS "nós estamos sempre disponíveis para olharmos para a nossa segurança social e encontrar mecanismos para lhe dar mais sustentabilidade."
(53:27 - 53:32) PS "Por exemplo, o Partido Socialista defende a diversificação das fontes de financiamento da segurança social..."
(53:32 - 53:44) PS "...e quando eu digo isto, nomeadamente termos vários pontos percentuais do IRC afetos especificamente ao financiamento público da, ao financiamento da segurança social."
(57:24 - 57:25) AD "Desde logo, executando."
(57:25 - 57:30) AD "O Dr. Pedro Nuno Santos foi ministro e teve a responsabilidade desta área especificamente."
(57:31 - 57:50) AD "Quando nós chegamos ao governo, havia um plano de investimento de 26.000 novas habitações, seja por via de construção nova, seja por via de reabilitação. Não havia dinheiro para concluir esse programa, só havia dinheiro para pagar 16.000 desses investimentos, sendo que ele ainda estava muito atrasado."
(58:12 - 58:19) AD "Ora, nós fizemos aumentar de 26.000 para 59.000 o objetivo agora na próxima legislatura."
(58:20 - 58:28) AD "Financiando esse projeto com dinheiro do PRR e com dinheiro do orçamento do Estado."
(58:33 - 58:36) AD "Nós tivemos de alocar mais 2.800 milhões de euros a este projeto."
(58:45 - 58:55) AD "uma linha de financiamento no Banco Europeu de Investimento para poder cumprir as estratégias locais de habitação dos municípios, que preveem a construção de mais 136.000 novos fogos."
(59:08 - 59:18) AD "Foi o que fizemos com os jovens. Nós atribuímos uma isenção do pagamento de IMT, de imposto de selo, aos jovens até aos 35 anos, complementado com uma garantia pública para que eles pudessem aceder a 100% de financiamento bancário..."
(01:00:47 - 01:00:53) PS "O problema da habitação é um problema de difícil resolução. E nós nunca o dissemos que era fácil. E é um dos maiores dramas nacionais."
(01:01:08 - 01:01:14) PS "Mas as políticas que foram adotadas no último ano, elas produziram resultados contraproducentes."
(01:01:20 - 01:01:26) PS "Medidas que não tendo sido acompanhadas de medidas do lado da oferta, aquilo que levaram foi uma aceleração dos preços no imobiliário."
(01:01:26 - 01:01:38) PS "A isenção do IMT e do imposto de selo garante uma poupança a rondar os 5%, só que só no último trimestre do ano 2024, os preços subiram mais de 15%, engoliram a totalidade do benefício..."
(01:02:00 - 01:02:10) PS "E com uma agravante, nomeadamente a quem arrenda. É que o governo falhou totalmente, foi mesmo incompetente na gestão dos apoios ao arrendamento. Nós temos milhares de famílias que mesmo cumprindo os critérios, perderam o apoio extraordinário à renda."
(01:02:14 - 01:02:16) PS "E estão a cortar na alimentação..."
(01:02:17 - 01:02:19) PS "...alguns mesmo perderam a casa."
(01:02:19 - 01:02:29) PS "E nos jovens... Os atrasos [no Porta 65] são entre 6 a 7 meses, quando antes deste governo eram de 2 meses."
(01:02:51 - 01:02:56) PS "é intensificar a construção: construção pública, construção privada e construção cooperativa."
(01:04:11 - 01:04:39) PS "nós queremos constituir uma conta corrente financiada, a título de exemplo, pelos lucros distribuídos da Caixa Geral de Depósitos distribuídos ao seu acionista... para alimentar uma conta corrente à qual podem recorrer os municípios para poderem construir casas a preços que as pessoas possam pagar, ou então para fazerem um contrato de arrendamento no regime de renda resolúvel..."