AD

Aliança Democrática

Líder: Luís Montenegro

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Nuno Melo
  • Verdades: 45
  • Mentiras: 22
  • Incertas: 24

BE

Bloco de Esquerda

Líder: Mariana Mortágua

Resumo do debate:

  • Porta-voz: Joana Mortágua
  • Verdades: 29
  • Mentiras: 22
  • Incertas: 29

Afirmações do debate

Filtros

171 Afirmações encontradas
(01:57 - 02:05) AD "Bom, eu o que lhe posso dizer é que eu não vou fazer ao Pedro Nuno Santos aquilo que há mais de 40 dias o Pedro Nuno Santos vem fazendo ao Luís Montenegro."
(02:05 - 02:15) AD "E eu estou num debate para discutir aquilo que, argumentei nas nossas diferenças, ah, poderá ajudar a resolver problemas dos portugueses."
(02:15 - 02:19) AD "E por isso, da minha parte, a sugestão é que passemos ao debate."
(03:27 - 03:34) BE "Em relação à pergunta que colocou, eu acho que este debate não é sobre as decisões do Ministério Público."
(02:18 - 02:21) BE "E reparo que para sempre quando vai chegar à habitação."
(02:21 - 02:27) BE "Não é capaz de fazer o resumo da governação do PSD em 11 meses no que toca à habitação."
(02:28 - 02:33) BE "E esse resumo é casas que, cujos preços subiram quatro vezes mais do que na zona euro."
(02:34 - 02:45) BE "São as capas dos jornais hoje que nos dizem que dispararam 67% o número de pessoas que pede ajuda para pagar a renda e que corta na alimentação porque não consegue pagar a renda."
(02:46 - 02:52) BE "E, portanto, o balanço da governação da AD na habitação é casas que os salários não podem pagar."
(02:53 - 03:02) BE "Com um detalhe que não é assim tão pequeno, que é todas as medidas que a AD tomou para, sobre a habitação, aumentaram o preço das casas."
(03:02 - 03:05) BE "E o país já não aguenta a lengalenga da construção."
(03:05 - 03:15) BE "É verdade que nós precisamos de construção, mas veja bem, eram 26.000, depois 59.000, a seguir 130.000, é o milagre das rosas da construção da habitação"
(03:15 - 03:17) BE "e as pessoas não podem ficar à espera do milagre."
(03:18 - 03:25) BE "As pessoas precisam de uma medida que resolva o problema do preço das casas já. O teto às rendas é uma medida experimentada"
(03:26 - 03:29) BE "experimentada na Europa, que já mostramos como é que funciona."
(03:30 - 03:43) BE "Uma outra televisão, a CNN fez uma simulação, descobriu que um T2 com as mesmas características em Amesterdão custa 727 €, em Lisboa pode chegar a 1.500, 1.700 €."
(03:43 - 03:48) BE "É uma desgraça que está a condenar a população à pobreza."
(03:48 - 04:00) BE "E é isso que o Bloco de Esquerda, que uma proposta que já agora marcou estas eleições e marcou estes debates, é isso que o Bloco de Esquerda é o único partido que responde: é baixar as rendas agora."
(04:27 - 04:31) AD "Devolver a confiança a esse mercado [arrendamento], como consta do programa da AD, é o quê?"
(04:33 - 04:41) AD "Ah, está feito, permita-me em primeiro lugar associar à nota de e ao voto de pesar pela, pelo falecimento, enfim, do antigo ministro Cravinho"
(04:52 - 05:00) AD "Este gráfico ajuda a perceber que entre 2000 e 2004, em Portugal, construíram-se 100.000 habitações novas."
(05:01 - 05:06) AD "E entre 2015 e 2021, construíram-se 10.000 habitações novas."
(05:07 - 05:11) AD "Houve, por isso, uma queda de perto de 90% na construção da habitação."
(05:11 - 05:14) AD "Obviamente que o problema da habitação tem que ver com uma falta de oferta."
(05:23 - 05:31) AD "E enfim, o Bloco de Esquerda tira agora da cartola esta coisa do teto das rendas ou do congelamento de rendas, como sendo uma grande inovação, que não é."
(05:31 - 05:37) AD "A medida é de 1948, foi introduzida pelo professor Salazar, durante o Estado Novo."
(05:41 - 05:45) AD "Não funcionou em Portugal e não funciona fora."
(05:45 - 05:50) AD "De resto, os impactos estão mais do que estudados. Há três impactos clássicos deste tipo de medidas."
(05:51 - 05:58) AD "O primeiro é, eh, porque os senhores querem transformar os proprietários em segurança social, basicamente, não é? É um ataque à propriedade privada, mas aí também é a nossa diferença ideológica."
(05:59 - 06:09) AD "Em primeiro lugar, eh, o que, a primeira consequência é de que os investidores que recorrem ao crédito para comprar casas, deixam de poder pagar as casas."
(06:09 - 06:15) AD "A segunda consequência é que deixam de poder, porque as rendas não são suficientes, deixam de poder reabilitar as casas."
(06:15 - 06:25) AD "Em terceiro lugar, por causa disso, há uma degradação do parque, eh, da habitação, o que leva à degradação de partes das cidades onde é aplicada esta medida."
(06:43 - 06:51) AD "O Bloco às vezes diz umas coisas, eh, deixe-me, eu nem que me tire um bocadinho de tempo depois, porque isto é mesmo relevante, gostava de concluir. O Bloco às vezes diz uma coisa na esperança de que ninguém vá verificar."
(06:52 - 06:55) AD "O seu exemplo de Amesterdão é exatamente a demonstração do que lhe digo."
(06:56 - 07:15) AD "O Kadaster, que é a entidade responsável pelos registos em Amesterdão, e o presidente do Banco Central da Holanda, o que é que dizem? Dizem que tem que ser a lei revertida porque tem levado a uma retirada crescente de investidores no mercado de arrendamento, à erosão do parque habitacional para arrendamento e à redução do número de casas disponíveis para arrendamento."
(07:16 - 07:22) AD "É esta a consequência. O exemplo que dão, infelizmente, é falso, mas vendem-no como verdadeiro, porque depois ninguém vai ver o que acontece."
(07:22 - 07:28) AD "E obviamente que o problema, e aqui termino, resolve-se através da construção de habitação."
(07:28 - 07:35) AD "E é por isso que através do Construir Portugal, nós queremos construir, transformamos, reforçando o PRR, uma oferta de 29.000 casas em 59.000."
(07:36 - 07:40) AD "O Primeiro-Ministro é, de resto, mais ambicioso, e eu acredito que assim é."
(07:40 - 07:45) AD "Mas também com medidas de apoio, como o caso da garantia pública de 15% sobre empréstimos,"
(07:46 - 07:57) AD "Ah, aquilo que tem que ver com uma, uma, uma garantia pública, com uma isenção de IMT, de imposto de selo em relação aos jovens até 35 anos, apoios também ao arrendamento, políticas conjugadas com as autarquias."
(08:00 - 08:02) AD "Se não construir nova habitação, não vai ter nada."
(08:07 - 08:10) BE "Não está em causa a construção de nova habitação, que o Bloco de Esquerda defende há muitos anos."
(08:11 - 08:15) BE "Essa nova habitação prometida, 2.000 casas foram entregues."
(08:16 - 08:20) BE "Vai demorar muito tempo para que a construção permita baixar os preços da habitação."
(08:21 - 08:25) BE "Entretanto, a crise da habitação está a condenar gerações inteiras à pobreza."
(08:32 - 08:35) BE "Há 17 países da OCDE que têm alguma forma de controle de rendas."
(08:36 - 08:45) BE "Na Alemanha, o partido da família política dos conservadores, da família política de Nuno Melo, acabou de prolongar as medidas de controle de rendas que estão em vigor na Alemanha."
(08:46 - 08:51) BE "Há muitos países europeus que têm medidas de controle de rendas, de controle do turismo."
(08:52 - 09:00) BE "Até uma diferença em relação a Portugal, é que não são o país da OCDE onde é mais difícil conseguir aceder a uma casa face aos salários."
(09:01 - 09:16) BE "E portanto, é de uma enorme, eu não sei se é de uma enorme arrogância, ou se é de uma enorme cobardia face aos interesses que estão por detrás da especulação imobiliária, dizer que a Europa inteira está errada, quando a Europa inteira conseguiu controlar, se não diminuir, preços das casas."
(09:16 - 09:19) BE "Todos eles estão errados. Quem está certo é Portugal."
(09:19 - 09:31) BE "Quando em Portugal, nós temos milhões de pessoas que estão a começar a sofrer, quando não, por não ter casa, pelo menos, é pela diminuição do seu orçamento familiar e não conseguir aceder a casa."
(09:37 - 09:46) BE "Aquilo que me parece é que, no modelo de economia que o PSD defende, celebra-se de cada vez que uma casa, celebra-se cada vez que uma casa custa mais em Lisboa do que em Berlim."
(09:47 - 09:50) BE "Em 2024, as casas em Portugal aumentaram 9%."
(09:51 - 10:00) BE "Aquilo que o governo do PSD propõe são mais 4 anos disto. Mais 4 anos disto, não é uma promessa, é uma ameaça de despejo."
(10:11 - 10:18) BE "Eu ouvi o hino da AD, o hino da AD é 'Deixem o Luís trabalhar'. Esqueceram-se de si, não é 'Deixem o Luís e o Nuno trabalhar'"
(10:29 - 10:33) AD "O primeiro-ministro foi claríssimo, só governa se vencer as eleições."
(10:34 - 10:36) AD "Não governa com o Chega."
(10:36 - 10:46) AD "E isso traz-nos a consequência óbvia de que os eleitores, principalmente os eleitores de centro-direita, devem perceber que a alternativa, não há alternativa."
(10:47 - 10:54) AD "Se a AD não vencer as eleições, enfim, o que será normal é que, então, viesse a ser o Partido Socialista e o Pedro Nuno Santos a governar."
(10:58 - 11:08) AD "E é por isso que é muito importante que o eleitorado de centro-direita, de facto, perceba que a utilidade do seu voto está na garantia de que o Partido Socialista não voltará, não voltará a governar."
(11:08 - 11:11) AD "E isso só é possível concentrando esses votos na Aliança Democrática."
(11:12 - 11:25) AD "Porque realmente, se a Aliança Democrática não tiver mais um voto que seja - eu acredito que vai ter melhor, muito melhor do que há um ano atrás - mas se não tiver mais votos do que a esquerda, o PS será governo e Pedro Nuno Santos será o primeiro-ministro."
(11:34 - 11:36) AD "Eu não confundo os eleitores com os partidos."
(11:37 - 11:45) AD "E houve muitos eleitores que, por se julgarem de direita, votaram no Chega achando que o Chega traduziria qualquer coisa nesse espaço político."
(11:46 - 11:56) AD "Eu gostava de recordar, porque respeito muito os eleitores e peço-lhes que façam esse balanço, que durante um ano, o Chega votou tudo aquilo que lhes foi apresentado pela esquerda, nomeadamente pelo Bloco."
(11:57 - 11:59) AD "Foram imensas as votações que o Chega teve em favor de iniciativas do Bloco."
(12:02 - 12:07) AD "E em 15 meses, dizendo-se de direita, fez cair três governos de centro-direita em Portugal, o que é notável."
(12:08 - 12:13) AD "Fez cair o governo regional dos Açores, fez cair o governo regional da Madeira e fez cair o governo da República."
(12:13 - 12:21) AD "Ora, eu peço é que esses eleitores realmente é que percebam que o seu voto foi um voto que do ponto de vista do espaço político de centro-direita não teve realmente muita utilidade."
(12:43 - 12:58) BE "A montenegrização da política portuguesa é a subida imparável do preço das casas e, o arremesso constante de fantasmas, como este, Nuno Melo sonha com Salazar, então acha que aquilo que o Bloco propõe tem alguma coisa a ver com o congelamento das rendas de Salazar"
(13:04 - 13:04) BE "A montenegrização da política portuguesa não é isso."
(13:05 - 13:13) BE "A montenegrização da política portuguesa é a aproximação do PSD ao Chega em temas fundamentais de princípios e de direitos humanos."
(13:15 - 13:23) BE "É uma venturização, é uma venturização da política do PSD em temas em que acha que para disputar com a extrema-direita tem de se aproximar da extrema-direita."
(13:25 - 13:33) BE "Não creio que haja uma montenegrização da política portuguesa, a não ser que isso signifique o desastre das políticas de habitação e, olhe, o desastre da saúde."
(13:34 - 13:41) BE "Não sei se Nuno Melo já fez as contas ao número de urgências que vão estar fechadas no próximo fim de semana. São 16 urgências."
(13:42 - 13:51) BE "Entre elas a do Garcia d' Horta e a do Amadora Sintra, urgências centrais de zonas que, quer dizer, que atendem a centenas de milhares de pessoas."
(13:51 - 13:53) BE "Isso é a montenegrização da política portuguesa."
(13:54 - 14:05) BE "O caos no INEM, que nós ainda estamos para perceber a quem é que se deve a responsabilidade 11 mortos por falta de socorro e que hoje sabemos que a Ministra da Saúde falhou."
(14:05 - 14:10) BE "Falhou porque poderia, o Ministério da Saúde ter evitado esse caos que levou esses 11 mortos."
(14:10 - 14:17) BE "Eu ainda hoje estou para perceber se houve alguma voz, não sei se é de Nuno Melo, que se levantou no Conselho de Ministros para pedir a demissão da Ministra da Saúde."
(14:18 - 14:33) BE "Ou pelo menos disse: 'Olha, eu estou desconfortável de me sentar ao lado de uma ministra da saúde que causou tal caos no INEM, que, que, que, que nós temos neste momento uma crise do atendimento de urgência em Portugal, via INEM, via urgências'"
(14:34 - 14:39) BE "Fora os problemas com, com a falta de médicos de família. Isso é a montenegrização da política portuguesa."
(14:39 - 14:42) BE "E é a essa montenegrização que nós temos que apresentar uma alternativa."
(14:43 - 15:04) BE "A diferença do Bloco de Esquerda é que nestas eleições, em vez de andar atrás de modas políticas, sobretudo modas perigosas para o futuro da Europa e para o futuro dos direitos humanos, apresenta alternativas que respondem às pessoas, como é o caso do teto das rendas, salvar o SNS e da nossa proposta para quem trabalha."
(15:23 - 15:26) AD "Eu gostava de recordar a propósito da saúde que este governo teve 11 meses de vida."
(15:27 - 15:37) AD "E apesar disso, hoje há mais médicos contratados do que havia antes. No saldo são mais de 331 médicos, como bem sabe."
(15:38 - 16:02) AD "Foram, ah, garantidas, ah, linhas de apoio que fizeram muita diferença em relação ao que acontecia no passado. A linha SNS Grávida que desde junho de 2024 teve mais de 133.500 chamadas, reencaminhou 91.500 grávidas para urgências, 21, 25.000 para centros de saúde e 11.000 para outros cuidados. Retiraram-se 36.000 grávidas das urgências."
(16:03 - 16:07) AD "A linha SNS 24, foram mais de 3 milhões e meio de chamadas em 2024."
(16:13 - 16:20) AD "Note, foram, eh, repare, quando nós chegamos ao governo, havia 760 obstetras em 1900."
(16:21 - 16:28) AD "Acha que se corrige isto se tiver, se se retirar um bocadinho da reserva mental, acha que em 11 meses consegue inverter um ciclo desses?"
(16:28 - 16:44) AD "Mas fizeram-se coisas tão importantes como participar a 100% os medicamentos dos mais velhos, como assegurar, por exemplo, que os exames e os medicamentos são agora feitos nos próprios lares para que os idosos não tenham que sair e tenham de recorrer muitas vezes aos hospitais onde contraem doenças"
(16:49 - 16:55) AD "E, portanto, enfim, as consultas de especialidade, houve mais 700.000 consultas que em 2023."
(16:56 - 17:01) AD "Cirurgias, houve mais 32.614 cirurgias que em 2023."
(17:01 - 17:07) AD "A lista de espera em cirurgia oncológica, vamos cá ver, houve, houve, houve melhorias."
(17:08 - 17:14) AD "Houve uma redução, houve uma redução total dos doentes acima dos tempos máximos de resposta, que é muito impressionante."
(17:14 - 17:31) AD "Tudo isto foi feito em 11 meses. Agora, o que me parece realmente, essa expressão de reserva mental, é achar-se que quando se recebe a saúde num caos, depois de tudo aquilo que a Joana Mortágua bem sabe acontecia até às eleições há um ano atrás, 11 meses depois, os problemas da saúde estavam resolvidos em Portugal."
(17:31 - 17:37) AD "Há uma coisa que eu sei, ao contrário de si, e nomeadamente daquilo que conseguiu em tempos de geringonça, os problemas da saúde não se resolvem a tirar ideologia."
(17:42 - 17:52) AD "Por influência do Bloco de Esquerda, havia parcerias público-privadas, foram extintas e que transformaram hospitais extraordinários de referência, como o Hospital de Braga, em hospitais cheios de problemas."
(17:53 - 18:02) AD "A Joana Mortágua sim, e a Mariana Mortágua sim, são responsáveis pelo agravamento da saúde muito em Portugal por decisões que foram ideológicas"
(18:01 - 18:17) BE "É precisamente porque a saúde foi uma das áreas em que a maioria absoluta do Partido Socialista mais falhou e porque percebemos perfeitamente a herança que o governo da AD recebeu, que aquilo que estava, a responsabilidade que a governo da AD tinha era fazer um bocadinho melhor. Bastava fazer um bocadinho melhor."
(18:18 - 18:23) BE "Prometeram salvar o SNS em 60, em 60 dias, afundaram o SNS."
(18:23 - 18:26) BE "Ideológico é encerrar urgências para as entregar aos privados."
(18:27 - 18:29) BE "A PPP de Braga teve 5 anos em falência técnica."
(18:30 - 18:36) BE "Mas nós não estamos aqui para discutir ideologia. A realidade é contraintuitiva em relação àquilo que Nuno Melo aqui vem trazer."
(18:37 - 18:46) BE "Toda a gente que se dirige a uma urgência sabe que aquilo que o Nuno Melo aqui vem trazer é propaganda, como aliás é a maior parte das vitórias apregoadas por este governo."
(18:47 - 18:48) BE "É contraintuitivo em relação à realidade."
(18:52 - 18:58) AD "Sabe, eu sou de Lusito de Braga. Eu conheço, eu conheço Braga. E eu testemunhei a excelência de um hospital que os senhores destruíram."
(18:59 - 19:14) AD "Eu devo dizer que isso é quase criminoso. Porque na vossa deriva ideológica em que tudo é público, tudo é público, tudo é público, a preocupação do Bloco realmente não é dar melhores possibilidades aos doentes, é garantir que no final a marca ideológica de alguma forma..."
(19:16 - 19:22) AD "E portanto, o Bloco de Esquerda, nos tempos da Geringonça, nomeadamente depois, deu um grande contributo para a degradação"
(19:38 - 19:44) BE "O governo, ah, entendeu que deveria imitar a extrema-direita no discurso sobre imigração."
(19:45 - 19:55) BE "E para isso, ah, fez duas coisas. Uma, mentiu. Mentiu ao país. Leitão Amaro veio dizer que Portugal era um dos países que recebia mais imigrantes pela, em comparação com a população, mentiu."
(19:56 - 19:59) BE "Todos os jornais dizem que isso é uma absoluta mentira."
(19:59 - 20:14) BE "Em segundo lugar, fez de conta. Fez de conta que ia limitar a entrada de imigrantes. E, portanto, fez o número com o fim do, com o fim da manifestação de interesse e logo ao lado veio abrir uma via verde para entrarem mais 100.000 trabalhadores para a construção civil."
(20:15 - 20:19) BE "E vai continuar a fazer de conta. E os, e os trabalhadores vão continuar a entrar."
(20:20 - 20:22) BE "E sabe porque é que vão continuar a entrar? Quem lhe explica é Paulo Portas."
(20:34 - 20:38) BE "Portugal precisa de imigração regulada, de imigração regularizada."
(20:38 - 20:50) BE "O que nós não precisamos, o que nós, quando Paulo Portas, o Paulo Portas, quando Paulo Portas, até Paulo Portas percebe a necessidade que a nossa economia tem de imigração, é preciso citar-se o bom senso."
(20:51 - 21:55) BE "Há uma coisa que não se pode fazer, que é criar uma via em que os imigrantes vêm por encomenda, eles vêm por encomenda dos, ah, do, dos empresários, deixando para todos os outros a clandestinidade, o trabalho ilegal, deixando para todos os outros todas a miséria da vida de trabalhadores que não se podem regularizar, mas que estão cá porque a economia os chamou."
(22:00 - 22:07) AD "Não se dramatizado em excesso a questão das portas escancaradas quando sabemos que o país não funcionava sem os imigrantes?"
(22:08 - 22:16) AD "Bom, vamos cá ver. Não, não se tenta, eu, para começar, quando ouço a Joana Mortágua a citar o Paulo Portas, percebo que nem tudo está perdido. Destes dias pode ser que veja a luz."
(22:18 - 22:20) AD "A mim não me vai ouvir a citar o Louçã, pode ter a certeza."
(22:20 - 22:36) AD "Bom, mas os factos são estes. Note, em 2018, em 2018 há, havia 490.000 imigrantes em Portugal. Em 2024 eram 1.465.000 imigrantes."
(22:48 - 23:14) AD "O resultado desta loucura que só através do Bloco pensa que pode vir toda a gente, como, como se isso fosse normal, isso não acontece em nenhum país do mundo, faz com que hoje tenhamos muitos imigrantes, muitas pessoas que vieram atrás de uma ilusão a viver na rua, a viver em estações de comboio, a viver muitas vezes quando arranjam casa 30 ou 40 pessoas numa casa a serem absolutamente explorados."
(23:14 - 23:15) AD "Isto de humanismo não tem nada."
(23:16 - 23:29) AD "A única coisa que esta, mais uma vez, eh, de mãe ideológica do Bloco, eh, consegue é a exploração e a fome em relação a pessoas que têm que ser tratadas com humanismo."
(23:29 - 23:34) AD "Como é que se consegue humanismo? Com aquilo que o governo fez. Como acabou com esta coisa da administração de interesses."
(23:35 - 23:46) AD "Quando um imigrante, como acontece na generalidade do mundo, ah, quando, quando, quando um contrato de trabalho é necessário ou uma promessa de trabalho é necessária, nós sabemos que essa pessoa tem capacidade de sustento."
(23:46 - 23:51) AD "Essa pessoa pode ser integrada. Essa pessoa, sendo integrada, vai beneficiar de tudo aquilo que nós damos aos portugueses."
(23:52 - 24:08) AD "E agora só quanto à dita via verde, não é para terminar. Via verde, não é via verde nenhuma, isso é um disparate, é uma, é uma extraordinária medida que este governo lançou mão, que é um protocolo, note, com cinco confederações: indústria, comércio, agricultura, turismo, construção e entidades públicas."
(24:09 - 24:15) AD "Cada uma delas tem que garantir que essas pessoas têm um contrato, tem que lhes garantir habitação, tem que lhes garantir seguro."
(24:15 - 24:22) AD "Os processos têm que ser tratados em 30 dias. Os processos têm que ser tratados em 30 dias, o que é absolutamente extraordinário."
(24:24 - 24:29) AD "Portanto, onde o Bloco dá exploração, nós damos humanismo, porque com rigor tratamos a entrada das pessoas."
(24:30 - 24:36) BE "Eu acho a maior desfaçatez e não vou, as tentativas de insinuações de associar a crise da habitação à imigração."
(24:37 - 24:44) BE "Eu não sei quem é que Nuno Melo, não sei quem é que Nuno Melo acha que vai construir as 130.000 casas que a AD prometeu."
(24:45 - 24:51) BE "Não sei se acha que são os jovens da juventude centrista que vão carregar baldes de massa, ou são os jovens da JSD que vão assentar tijolo."
(24:51 - 24:56) BE "Mas essas casas têm de ser construídas. E se estes trabalhadores cá estão, é porque a economia os chama."
(24:56 - 25:05) BE "E o mínimo que o país pode fazer quando precisa de trabalhadores para construir as casas que vão resolver a nossa crise da habitação, é tratá-los com respeito."
(25:14 - 25:15) AD "O nosso sistema é profissional."
(25:16 - 25:22) AD "Em 24 de fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia."
(25:23 - 25:29) AD "Dois dias antes a sua coordenadora de partido dizia: 'A guerra não existe, é um conflito diplomático'."
(25:30 - 25:33) AD "Não sei desde lá até agora se já contaram o número de mortos deste conflito diplomático."
(25:34 - 25:41) AD "Depois disso veio o seu camarada Fazenda, candidato, dizer que é preciso acabar com a NATO, que é um cancro de belicismo."
(25:42 - 25:54) AD "Não sei se já lhes ocorreu que o Putin já fez intervenções naquilo que era o espaço da União Soviética, no Azerbaijão, Arménia, Cazaquistão, Bielorrússia, Geórgia e Ucrânia, em diferentes dimensões."
(25:55 - 26:40) AD "Não sei se já lhe ocorreu também que se a coisa correr mal, podem querer passar para o lado de cá para os países bálticos. E, portanto, nós temos que investir na defesa."
(26:41 - 26:43) AD "Querem acabar com a NATO, o que é uma perfeita irresponsabilidade."
(26:44 - 26:50) AD "Já agora a sua coordenadora diz, eu por acaso achei muita graça à expressão, a ideia de Putin vem num tanque montado, nos vai entrar na fronteira espanhola."
(26:50 - 26:55) AD "A fronteira não é espanhola. A nossa fronteira, ao contrário da vossa, é da democracia. E essa está um bocadinho mais longe."
(26:56 - 26:57) AD "E já agora os mísseis normalmente não vêm por via rodoviária."
(27:01 - 27:04) AD "Em relação a, sobre o papão, o papão da defesa"
(27:05 - 27:12) AD "Nós temos na segurança social uma, um investimento de 27.000, de 27.3 mil milhões de euros. Na defesa estamos a falar de 3.000 milhões de euros."
(27:12 - 27:13) AD "Não há papão nenhum."
(27:14 - 27:34) AD "Manda a lucidez... só para, porque isto é mesmo muito importante, que tenha em conta o seguinte: Não estão em causa outras áreas. Está em causa a nossa defesa coletiva. Está em causa assegurarmos missões fundamentais que só as Forças Armadas fazem de busca e salvamento a salvar vidas, emergência médica, combate à criminalidade, proteção ambiental, combate a incêndios."
(27:36 - 27:40) AD "Indústrias de defesa que dão lucro e dão retorno à economia, coisa que os senhores não percebem."
(27:41 - 27:44) AD "E já agora, os nossos soldados se tiverem que combater, também terem a capacidade de sobreviver."
(27:50 - 27:59) AD "Quanto ao serviço militar obrigatório, nós temos uma opção. A opção é por uma via profissional de carreira. É nesta que trabalhamos, para já não está em causa nenhuma outra."
(28:12 - 28:16) BE "O Bloco de Esquerda é contra a NATO, segue aliás a Constituição desse ponto de vista."
(28:22 - 28:36) BE "A NATO é controlada pelo melhor aliado de Putin. E só Nuno Melo é que ainda não percebeu que os Estados Unidos e a Rússia aliaram-se para saquear a Ucrânia, para pilhar a Ucrânia."
(28:37 - 28:45) BE "E nós precisamos de uma alternativa europeia. Uma alternativa que seja um acordo entre estados soberanos europeus que decidem as suas prioridades em defesa e em segurança."
(28:46 - 28:55) BE "O que isso não pode ser feito é em cima de mentiras. Não vamos montar uma alternativa europeia da defesa em cima de mentiras. Primeira mentira: a de que a Europa não tem capacidade defensiva em relação à Rússia. Tem."
(28:56 - 29:04) BE "Gasta quase três vezes mais em armamento do que a Rússia. Tem mais fragatas, tem mais aviões, tem mais caças, tem mais soldados do que a Rússia."
(29:04 - 29:13) BE "É uma ilusão e é uma mentira a ideia de que estamos militarmente vulneráveis em relação à Rússia."
(29:13 - 30:03) BE "Segunda ideia, é que isto não nos sai do bolso. Aquilo que nos estão a obrigar é a gastar 3% do PIB em armamento. 3% do PIB é mais do que o orçamento da educação."
(29:59 - 30:07) BE "O que eu gostava de saber é se Nuno Melo concorda com o Secretário-Geral da NATO, que diz que nós temos que cortar em pensões e em saúde para fazer uma corrida ao armamento."
(30:08 - 30:16) BE "O que eu gostava de saber é se Nuno Melo concorda com a Maria Luís Albuquerque, que diz que nós temos que agarrar no dinheiro das pensões dos europeus para investir em armas."
(30:17 - 30:20) BE "Não está em causa o equipamento das nossas nossas Forças Armadas."
(30:21 - 30:29) BE "Mal seria que as nossas Forças Armadas não tivessem condições para estar nas suas, nas suas missões, mas isso é responsabilidade sua com o orçamento que disse que tinha."
(30:29 - 30:35) BE "Espero que tenha cumprido o orçamento e que tenha, e que, e que as Forças Armadas estejam suficientemente equipadas."
(30:55 - 31:02) BE "Uma Europa que abdica, abdica do progresso social, uma Europa que abdica do Estado social"
(31:18 - 31:33) BE "Uma Europa que abdica de todos os padrões de uma economia justa, de trabalho com direitos e de Estado social para se dedicar a uma corrida às armas inútil, que nada tem a ver com a defesa da Ucrânia, tem mais a ver com os genocídios na Palestina, é uma Europa em que o Putin já ganhou sem nunca atacar uma costa da Europa."